A matéria abaixo foi publicada na primeira página do caderno Polícia, de O LIBERAL, na última segunda-feira (07).
A matéria antecipa três conclusões do laudo de professores da UFPA sobre o desmoronamento do edifício Real Class:
1. O edifício desabou por erros de cálculo.
2. Não houve problemas com os materiais.
3. Não houve problemas com a fundação do prédio, que está intacta.
No final da tarde desta sexta-feira, a equipe de professores da UFPA divulgou os resultados do laudo, em coletiva à Imprensa na sede do Crea. O laudo chegou a três conclusões.
1. O edifício desabou por erros de cálculo.
2. Não houve problemas com os materiais.
3. Não houve problemas com a fundação do prédio.
Abaixo, para você conferir, a matéria que O LIBERAL publicou na última segunda-feira:
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Comissão de sete professores da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal do Pará (UFPA) deve entregar até o final desta semana o laudo com as conclusões do desabamento, em 29 de janeiro passado, do Edifício Real Class, na Travessa 3 de Maio, em São Brás. Três pessoas morreram soterradas.
As conclusões do laudo são mantidas a sete chaves. Mas informações seguras, muito embora oficiosas, indicam que erros de cálculo foram a causa mais provável para aquela que se consumou como a segunda maior tragédia no setor de engenharia no Pará. A primeira foi o desabamento, em 1987, no bairro do Umarizal, do Edifício Raimundo Farias, que causou a morte de 39 pessoas.
A comissão de engenheiros da UFPA, formada por um mestre e seis doutores, concluiu o trabalho na semana passada e, no momento, submete o texto apenas a uma revisão gramatical. Mas as conclusões acerca das causas que fizeram ruir o edifício da Três de Maio, construído pela empresa Real Egenharia, já estão todas definidas.
A comissão afastou completamente a possibilidade de falhas de materiais - como concreto, reboco e a parte de ferragem, por exemplo - como a causa do desabamento. Também ficou constatado que não havia problemas de fundação.
Especificamente sobre a estrutura das fundações do edifício, um engenheiro disse ontem à tarde, à reportagem de O LIBERAL, que a maior evidência de que as fundações do edifício resistiram perfeitamente à carga representada pela estrutura do edifício - ou seja, os 34 andares que já estavam completamente concluídos - foi o fato de a laje construída sobre os pilares fincados no subsolo ter suportado inteiramente a queda do edifício.
LAJE
O engenheiro que conversou com a reportagem disse que esteve no terreno e viu que a laje não foi abalada. “Logo depois que se encerraram as buscas, toda a área (onde foi erguido o edifício) foi limpa. Seus entulhos foram retirados. E revelou-se que a laje estava lá, inteirinha”, contou o engenheiro.
Esse fato, segundo ele, é revelador até mesmo para um leigo que o edifício não desabou porque uma das estacas das fundações que estão debaixo da terra teria cedido ao peso. Ao contrário, a estrutura de 34 andares desabou, como se fosse numa implosão, mas mesmo assim foi suportada pela laje.
Em reforço à convicção de que os materiais utilizados na construção do edifício também não contribuíram, sequer remotamente, para o desabamento do prédio, o engenheiro garante que a comissão de professores da UFPA submeteu o concreto e a ferragem usada no edifício ao que tecnicamente é chamado de “corpo de prova.”
Nesse procedimento, pedaços de concreto e da ferragem que faziam parte da estrutura do edifício que desabou são submetidos a testes de laboratório. Nos exames, são mensuradas sobretudo a resistência e as dimensões dos materiais utilizados na obra. A conclusão do laudo é a de que tudo estava compatível com a concepção e a estrutura do “Real Class”.
Quem elaborou esse cálculo?
ResponderExcluirHá mais prédios em Belém calculados da mesma forma e pelo calculista? O O CREA deveria informar a sociedade sobre quais obras o calculista atua e atuou.
Caro PB,mesmo sem conhecê-lo mas
ResponderExcluiracredito "vizinho das redondezas" de onde por ora moro,afinal o leio,colocando lupas nos poblemas do Alto-Umarizal,aqui pelas cercanias da D.Marreiros,Ant Barreto,
Diogo Móia ..Oliveira Bello, enfim aonde Belém aínda é de mangueiras e de calçadas,estamos por mais uma vez
no meio da questão. O blog sempre se mostrou contumaz. Com um texto direto e conclusivo.Jornalismo impresso de primeirissima!
Neste caso espécifico, desde a
tragédia,tenho acompanhado seus posts. Estou aqui para reafirmamr os apontamentos.O E.A,desde sempre
remetia ao que o laudo agora, oficial,pois já vejo e leio a respeito nos canais competenetes.
Nos finalmente, quando o texto, segundo informações em revisões ortográficas, precisa considerar em seu último paragráfo, que seja
na última linha de considerações que,há sim culpa da constrtutora.
Qualquer avaliação técnica, com equipamentos que estão adisposição na mesma UFPA, para medir pressão e
"dilatação' dos pilares , iria sinalizar para ocorrencias "antes" da última laje!!!
A Real ..deve entender que,qaundo se empilha os "dominós' a trágedia é infantil, como a construção de "andares" com cartas do baralho.
Mas com ferro,concreto e argamassa
a brincadeira é diferente.
Dentro do possivel lance "luzes" sobre esta discussão. Somente para o calculista é pouco...na Real!
Saudações
Caio Castro