Então é assim.Quem com fere fere, ou melhor, quem com empréstimo fere, com empréstimo será ferido.
2010. Assembleia Legislativa do Estado.
Em pauta: um pedido de votação de empréstimo de R$ 366 milhões junto ao BNDES.
Autor do projeto: governo Ana Júlia Carepa (PT).
Votação protelada pelos oposicionistas.
Argumento: discussão da planilha sobre os projetos para os quais se destinam os recursos a serem contratados com o aval do Legislativo.
Cai o pano.
2011. Assembleia Legislativa do Estado.
Em pauta: um pedido de votação de empréstimo de R$ 182.532.055,00 junto ao BNDES.
Autor do projeto: governo Simão Jatene (PSDB).
Votação protelada pelos oposicionistas.
Argumento: discussão da planilha sobre os projetos para os quais se destinam os recursos a serem contratados com o aval do Legislativo.
Em pauta: um pedido de votação de empréstimo de R$ 182.532.055,00 junto ao BNDES.
Autor do projeto: governo Simão Jatene (PSDB).
Votação protelada pelos oposicionistas.
Argumento: discussão da planilha sobre os projetos para os quais se destinam os recursos a serem contratados com o aval do Legislativo.
Cai o pano.
Quem com empréstimo fere... (vocês sabem).
ATUALIZAÇÃO ÀS 10H20:
Apenas um reparo.
O projeto em debate realmente é do Executivo, mas não foi encaminhado pelo governo Jatene.
Ainda é, digamos, o passivo do governo Ana Júlia.
Está no Legislativo, portanto, há cerca de um ano.
Está encruado.
Destina-se a financiar as contrapartidas dogoverno do Pará em empreendimentos do PAC – habitação e saneamento.
Uma emenda do deputado Parsifal Pontes (PMDB) deduziu em mais de 11 milhões de reais da proposta original (de R$ 193.981.884,90) que seriam usados na contrapartida ao empreendimento previsto no Residencial Fazenda Pirelli (Marituba).
Pois esse reparo reforça a tese de que o empréstimo pode ser o ferro que fere.
Porque os personagens mudaram de lado.
E as conveniências políticas também, é claro.
Depois os políticos querem ser respeitados. Até dezembro não podia, agora pooooode? Pior foi o discurso do Novelino, ontem na ALEPA, dizendo-se ofendidissímo com a imprensa que inventa leviandades sobre a classe política e esquece dos gordos salários de outros servidores. Como assim, esses outros servidores seriam dos tribunais ou os penduricalhos irregulares de servidores de diversos órgãos? Ele não explicou direito, mas falou que existe nepotismo cruzado entre os poderes.
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