quinta-feira, 17 de março de 2011

Moradores do Blumenau pedem indenizações

A direção da empresa Real Engenharia, responsável pela construção do edifício Real Class, que desabou no dia 29 de janeiro passado, na travessa Três de Maio, em São Brás, matando três pessoas, receberá ainda esta semana, o mais tardar no início da próxima, uma conta salgada. Ou melhor, uma proposta de conta.
Trata-se de proposta dos moradores do edifício Blumenau (na foto, de O LIBERAL), situado bem próximo ao edifício que caiu. Eles já formalizaram um documento estipulando o valor das indenizações que pretendem receber a título de danos morais e materiais. Alegam que precisam receber uma reparação pecuniária porque o imóvel em que residem foi diretamente atingido por parte dos escombros do Real Class e sofreu desvalorizações no seu valor venal, depois da tragédia. Também cobram reparações por sequelas psicológicas que ainda perduram entre seus moradores.
O Blumenau tem 16 andares e 32 apartamentos - dois por andar, portanto. O Espaço Aberto não conseguiu checar o valor exato do pedido de indenização, mas obteve ontem informação das mais seguras de que cada uma das 32 famílias residentes vai cobrar não menos de R$ 100 mil de indenização - R$ 50 mil por danos materias e R$ 50 mil por danos morais.
Se cada uma cobrar o mínimo de R$ 100 mil, a Real Engenharia precisaria desembolsar R$ 3,2 milhões. Mas esse valor, vale repetir, é por baixo. Muito por baixo. A proposta chegará à direção da Real Engenharia pelas mãos do Ministério Público do Estado.
A expectativa entre os moradores do Blumenau é a de que, no máximo até quarta-feira da próxima semana, a empresa se manifestará sobre a proposta que fizeram. A empresa, certamente, fará uma contraproposta.
Aí, é aquela parada: quem aceitar um acordo extrajudicial, receberá logo o dinheiro, por meio de cheque nominal. Aos que não aceitarem, restará ingressar com ação judiciais.
Que serão julgadas sabe-se lá quando.

4 comentários:

  1. Somente danos materiais, se comprovados, cabe.
    De resto, é querer tripudiar com a desgraça alheia.
    Não se pode confundir um forte aborrecimento com desgraça ou abalo moral.

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  2. Dano material de 50 mil por cada apartamento? O negógio é comprovar.

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  3. Anônimo das 08:29, tripudiar da desgraça alheia é dizer que o desabamento de um prédio enorme ao lado de onde eles moram é apenas um forte aborrecimento.

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  4. Anônimo das 17:53,
    A alma humana é capaz de ver cifrões onde outros enxergaram a desgraça, que não é o meu caso.

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