sábado, 1 de janeiro de 2011

Jatene pede união por um "pacto pelo Pará"


Uma conclamação para que todos os paraenses se unam por um "pacto pelo Pará" e a rejeição expressa ao "revachismo" e à "política de miudezas" como estilo de governar marcaram o discurso de Simão Jatene (PSDB), que na manhã deste sábado tomou posse, na Assembleia Legislativa do Estado, como novo governador do Pará, ao lado de seu vice, o santareno Helenilson Pontes (PPS). Na foto acima, de Danilo Cosenza, a ex-governadora Ana Júlia transmite a faixa ao sucessor.
Clique aqui para ler a íntegra do pronunciamento.
Jatene falou por cerca de 20 minutos. No finalzinho do pronunciamento, largou o papel e falou de improviso, referindo-se a este 1º de janeiro como Dia Nacional da Paz e apelando a todos para que façam da concórdia um princípio de vida. Nenhum deputado da bancada do PT esteve presente à solenidade de posse.
O governador evitou críticas ao governo Ana Júlia Carepa (PT). Em apenas um trecho, falou, quase imperceptivelmente, que hoje começa o que ele classificou de "reconstrução do Estado".
Jatene insistiu que seu governo concentrará todo o empenho em três áreas fundamentais: Saúde, Segurança e Educação. Esses três setores, prometeu o tucano, "voltarão a funcionar".
Na Saúde, citou expressamente uma de suas promessas de campanha: construir mais dois hospitais regionais, que irão se somar aos outros cinco que foram construídos em sua primeira gestão, de 2003 a 2006. Antecipou ainda que vai fazer parcerias com as prefeituras para melhorar o atendimento básico nos próprios municípios.
Na Segurança Pública, disse que vai retomar o ProPaz e a Fábrica Esperança. Mas não disse, pelo menos no discurso, se vai implantar as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras), uma experiência que tem sido exitosa no Rio de Janeiro e foi o gancho da campanha de Domingos Juvenil, o deputado que disputou pelo PMDB o governo do Estado, nas eleições de 2010. Juvenil afirmou publicamente que a única condição que ele impôs, para que apoiasse Jatene no segundo turno, foi que o tucano adotasse a implantação das UPPs como parte de seu programa de governo.
Na Educação, Jatene disse que não basta apenas construir e reformar escolas, porque isso, segundo ele, é mais do que obrigação de qualquer administrador público. É essencial, disse o novo governador, melhorar a qualidade do ensino.

Discurso emotivo e partidário
Logo depois, na solenidade de transmissão de cargo, que consistiu no ato em que a ex-governadora Ana Júlia passou a faixa ao sucessor, Jatene fez, como era de se esperar, um discurso mais emotivo, mais partidário e menor protocolar.
No palco armado em frente ao Palácio do Lauro Sodré, Jatene agradeceu a familiares e amigos mais próximos pelas ausências dele, em função de compromissos políticos e de campanha.
Agradeceu aos militantes - do PSDB e demais partidos aliados.
Disse que só estava com aquela faixa porque obteve a ajuda de muitos. Governar, disse Jatene, não é tarefa nem para um só homem, nem para um só poder.
Referiu-se expressamente aos senadores, deputados estaduais e federais, avisando que vai precisar muito do empenho de todos eles para governar.
Disse ter consciência do enorme desafio de governar o Estado. Afirmou que terá humildade, que não se deixará inebriar pelo poder e se ressaltou que "servir a sociedade" é a missão maior de todos os que foram eleitos.
No final do discurso, o governador largou o microfone e fez com as mãos a forma de um coração, um gesto que, segundo ele, resumia tudo o que gostaria de dizer ao povo do Pará.

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