segunda-feira, 21 de junho de 2010

A falta no futebol revela falta de ética?

O que é apenas uma falta e o que é desonestidade no futebol ou em qualquer esporte?
O gol de mão – no vídeo acima - de Maradona contra a Inglaterra, na Copa de 1996, foi apenas uma falta não marcada pelo árbitro ou revelou um Maradona desonesto, patife, um pulha, um calhorda, enfim?
André Rizek e Renato Maurício Prado, dois grandes jornalistas esportivos, travaram dia desses, no SporTV, um debate sobre esse assunto.
Um debate, digamos, eletrizante.
Contundente, mas respeitoso.
Rizek, que atraiu a oposição de Prado porque considera que o gol de mão Maradona foi um golaço, defende que uma conduta dessas é apenas uma falta, uma agressão às regras do jogo, mas não configura falta de honestidade, não revela falta de ética.
Ao contrário, Renato Maurício Prado acha que foi falta de ética, sim.
O blog fecha com Rizek.
Fecha com cadeado e tudo.
O gol de mão de Maradona foi apenas uma falta não marcada.
E só.
Com a diferença de que a não marcação da falta resultou num gol.
E daí?
Olhem só.
E se Maradona tivesse feito o gol em escandaloso impedimento?
E se Maradona, antes de cometer um gol, desse um pontapé no adversário e o juiz não marcasse?
Ele seria desonesto por isso?
É claro que não.
Ele cometeu uma falta, contrariou as regras do jogo.
O juiz, que deveria ter anulado o lance, deixou passar.
Paciência!
Falta de ética, desonestidade, patifaria é desviar o dinheiro público.
É comprar um árbitro.
É subornar um bandeirinha.
É subornar um jogador qualquer para que ele faça corpo mole ou um gol contra.
É fraudar os números dos borderôs em bilheterias de estádios, por este País afora.
Falta de ética é coleguinha receber o mole – o dito chen, como chamamos no jornalismo - de cartola, para promover o próprio cartola e sua cartolagens (ou cartolices).
Isso sim, é falta de ética, é patifaria, é desonestidade, é o banditismo transposto para o território do esporte.
Rizek defende sua posição com brilhantismo.
Quer ler?
Clique aqui e confira.

Um comentário:

  1. Nada a ver com ética, mesmo.
    Gol de mão é só gol de mão, é uma falta, proibida pelas regras do jogo.
    Lance ilícito que, evidemente, não merece nenhum louvor.
    E nada mais além disso, ressalvadas as licenças poéticas para alguns jornalistas elaborarem textos ufanistas e românticos sobre os gols maradônicos e, agora, luisfabiânicos.

    E o que dizer do desfile de palavrões e distribuição de grosserias do "sargentão" Dunga a todos os jornalistas brasileiros, hein?
    Repararam como essa figura não aceita ser indagado em assuntos que a imprensa ouse discordar dele?
    Ah, ele está se vingando da Rede Globo, que o critica...
    Não, definitivamente ele não aceita que ninguém discorde dele.
    E desanca com TODOS os jornalistas.
    Só fala fino mesmo com o todo-poderoso imperador-ditador Ricardo Teixeira, proprietário ad-eternum do reino milionário da CBF.

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