Fora de brincadeira.
Essas vuvuzelas são muito, mas muito chatas.
Se já incomodam para quem assiste aos jogos pela TV, imaginem só quem está lá nos estádios, assistindo ao vivo e em cores.
Ah, mas as vuvuzelas são uma tradição, integram a cultura do povo sul-africano.
E aí?
O que é que o mundo tem a ver com isso?
Perfeito.
Nada contra.
Respeitem-se as manifestações culturais do povo sul-africanos – e de todos os povos.
Mas deem-nos o direito de discordar delas.
Concedam-nos o direito de achá-las chatas ou não, violentas ou não.
Exemplos?
Temos vários.
Um exemplo: a farra do boi. É uma tradição cultural. Vocês concordam com ela?
Outro exemplo: a corrupção. Não está enraizada por aqui? Não pode ser considerada uma prática corrente, corriqueira, tão corriqueira e corrente que já virou uma banalidade? Pois é. Vocês concordam com ela?
Mais outro exemplo: a excisão do clitóris, um tipo de castração feminina que ainda perdura em várias sociedades, inclusive no próprio continente africano. É cultural, portanto. Vocês concordam com isso?
Então, pronto.
Cada um que trate preservar o hábito cultural que quiser.
Mas nada nos tira o direito de sermos contra.
Ou a favor.
Então, é isso: essas vuvuzelas são intoleravelmente chatas.
Chatíssimas.
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