segunda-feira, 10 de maio de 2010

AGE precisa ser fortalecida

Do leitor José de Alencar, sobre a postagem “AGE é instituição completamente dispensável”:

A AGE é órgão de controle interno, de existência obrigatória, conforme preceito da Constituiçao da República de 2008.
O Tribunal de Contas é órgão de controle externo.
Como no Estado, a AGE é uma instituição recente - criada no Governo Almir Gabriel - e ainda não adquiriu musculatura ou, como diria Nietzche, ainda não tem ferrugem.
O que é preciso na verdade é dar força, muita força à AGE, e não o contrário.
A não ser que se reforme a Constituição e se reinvente o controle interno.
Ah, sim. Temos pouca tradição de accountability no Brasil, que é conceito difícil até de ser traduzido. Aqui, isso foi reduzido a pouco menos que responsabilidade fiscal, mas não é só isso.

2 comentários:

  1. Com todo o respeito pelo comentário feito, é preciso ponderar que a AGE, se agisse da maneira preventiva que se espera dela, teria evitado muitas, digamos, bizarrices que se vê por aqui, como a contratação dos kits escolares - escandalo denunciado por este blog -, mas o que se vê é a instrumentalização política da AGE, culminando com essa saída estrepitosa (e política) da dona Teresa Cordovil, que agora, pura como o gelo e branca como a neve, vai lançar sua ong, ora, pois.

    A AGE é, sim, instituição completamente dispensável, porquanto outras instituições, de existência prévia ou mais vetustas, já faziam o trabalho dela, como o TCE.

    O pior é que, depois da "sacrossanta" Tereza Cordovil, vai aparecer - anotem aí! - outros dirigentes da AGE travestidos de paladinos da moralidade pública.

    Quem viver, verá.

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  2. Desculpe-me, mas a citação de Nietzsche está incorreta, pois a frase dita é a seguinte: "Verniz necessário senão sempre dirão de ti - é muito novo!" Está no livro "A Gaia Ciência", logo no início.

    Verniz, admitamos, é bem mais elegante do que "ferrugem" porque o primeiro termo sugere uma camada de refinamento sobre outra, ao passo que ferrugem indica tão-somente o envelhecimento decorrente do uso ou da passagem do tempo e sem nenhum acréscimo de refinamento, conhecimento ou experiência.

    No caso da AGE, todavia, concordo com o comentarista - cabe a analogia com a ferrugem, que nada acrescenta e ainda envelhece tornando-a oxidável, e não o verniz, que sugere uma camada de refinamento, conhecimento e experiência.

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