segunda-feira, 12 de abril de 2010

A síndrome da Iraúna Grande

Do jornalista Ronaldo Brasiliense, em O Paraense:

A governadora Ana Júlia Carepa (PT) vai tentar a reeleição em outubro, nas urnas, para um governo sem projeto e sem obras, eleito com um discurso que pregava mudanças. No poder, as mudanças de fato vieram, mas para pior. Não há em Belém, a capital paraense, por exemplo, uma única obra que Ana Júlia possa chamar de sua.
A não ser que Ana Júlia considere – e inaugurou com pompa e circunstância, com direito a placa, pouco mais de quatro meses após tomar posse no cargo – o Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, como obra de seu governo. O arquiteto Paulo Chaves Fernandes, secretário de Cultura dos governos tucanos Almir Gabriel e Simão Jatene, projetou e construiu o Hangar e, nele, o governo Jatene investiu R$ 100 milhões. O governo Ana Júlia gastou no Hangar R$ 5 milhões e olhe lá...
Esta semana Ana Júlia propagandeou que a siderúrgica da mineradora Vale – uma empresa privada –, em Marabá, também é obra de seu governo. Daqui a pouco vai dizer que as duas “torres gêmeas”, digamos assim, construídas na Doca de Souza franco, também são obras do governo petista, assim como a cozinha industrial do Hangar e os trapiches de madeira inaugurados nas ilhas que circundam Belém, que de fato o são.
A verdade, verdadeira, é que em mais de mil dias de governo, Ana Júlia e sua turma não mostraram a que vieram. Como diria um dileto amigo jornalista, no alto de sua sabedoria sexagenária: "Não sei por que vocês ficam cobrando tanta coisa da Ana Júlia. Ela dizia na televisão durante a campanha que queria ser a primeira mulher a governar o Pará. E nada mais do que isso. Nem prometeu trabalhar", sentencia. De fato.

Leia mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário