Foi aberto, direto, objetivo e sem rodeios a conversa que o deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, teve na última quarta-feira, em Brasília, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
Jader foi claro.
Disse que, com as pesquisas que tem mandado fazer regularmente, é inquestionável que ele dispõe de cacife eleitoral suficiente para encarar uma eleição sem fechar uma aliança com o PT de Ana Júlia.
Reafirmou, sem meias palavras, que ainda guarda ressentimentos – muitísimos – dos representantes da DS (Democracia Socialista), tendência minoritária à qual pertence a própria governadora.
Reforçou que sempre fez política na base da confiança e sempre procurou honrar sua palavra, nos acordos com aliados.
Destacou que não confia em interlocutores locais da DS, porque teria sido tratado de forma “amolecada” pelos menudos, que gravitam em torno da governadora e acabaram, em boa parte por inexperiência política, contaminando o ambiente político no próprio PT.
Por fim, o deputado deixou claro ao ministro e ao presidente petista que negociações sobre uma possível aliança entre o PMDB e PT no Pará devem ser conduzidas no plano nacional, porque ele mesmo não vê clima para sentar-se à mesma com gente que não teria cumprido acordos.
Padilha e Dutra ouviram tudo.
Com atenção.
Mas sem espantos e sem surpresas.
Até porque, com certeza, já esperavam que Jader fosse dizer-lhes tudo o que disse.
É duro constatar que esse senhor ainda tenha tanto poder na política paraense...
ResponderExcluirEsse é o meu governador!!!!
ResponderExcluirBoa tarde, caro Paulo:
ResponderExcluiro tal senhor a quem se refere o anônimo é "capa preta" da aliança nacional. No Pará, ele "apenas" define o troco pelos serviços prestados ao governo federal a nível nacional.Aliás, capas pretas dp PMDB há aos montes no Governo Lula: Sarney e Geddel, são grandes exemplos. E de outros partidos também: Delfim Neto, por exemplo.
Agora, cá eu tenho uma curiosidade: a aliança de 2006 foi fechada a nível nacional. A indicação de Ana Júlia foi uma decisão do PMDB - que o PT paraense deglutiu (?), ainda que a minoritária DS não tivesse cacife pra isso. Tudo isto foi referendado pelo Presidente Lula. Nem sei se algum figurão nacional ou regional do PT, além de Lula, interferiu ou influiu desta decisão.
É esse replay que o Deputado Jader espera?
Abração.
Dr. Jader foi lá na capital federal e pôs os pingos nos "is". Podem falar tudo de Jader, menos que seja um político que não honra seus compromissos e acordos políticos. Aliás, Jader chegou onde chegou justamente por fazer política dessa forma. Agora, depois de trair solenemente o PMDB durante os últimos quatro anos, a governadora e seus "meninos" pedem arrego. Se fosse Jader dava uma banana para esses moleques e para a Ana Júlia e articulava chapa própria para o governo. Voto ele tem!
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