Está muito próximo de tucanos, peemedebistas e petebistas dizerem claramente que rejeitarão o empréstimo de R$ 366 milhões que o governo do Estado pretende contrair junto ao BNDES.
Sim, tucanos, peemedebistas e petebistas já disseram isso.
Mas disseram com quase todas as letras.
Quase.
Digamos que disseram com as letras de A até X.
Falta dizerem o Z.
Porque a situação é a seguinte.
Os deputados resistentes ao projeto não estão mais interessados em ver a planilha que discrimina a aplicação dos recursos.
Não.
Isso não lhes é mais suficiente para que se convençam de que o projeto precisa ser aprovado.
A alegação agora é a de que aprovar o projeto seria ajudar Ana Júlia a adubar hortas eleitorais.
De petistas e aliados.
Aliados que excluiriam, é evidente, o PTB e o PMDB.
Bemerguy,
ResponderExcluirNeste episódio, queridíssimo, não há anjos com harpas na mão. E na Assembleia Legislativa não servem chá às 5 da tarde. E hoje, nem tapioca, nem farinha d’água. Valha a Deus! Em ano eleitoral a Casa evidencia, sem nenhuma vergonha, a cara que tem. Marcada por vícios de origem semelhantes aos projetos enviados pelo governo Ana Júlia. Mas não sejamos ingênuos. A grana do empréstimo é pra chegar, sim, no ralo do Cristal Ville e, quem sabe, na casa ao lado, onde moram ilustres vizinhos. Alguém duvida?
E as negociatas, quer dizer, as negociações acerca da aprovação ou não do empréstimo ainda devem continuar até o final deste mês, quando o deputado federal Jader Barbalho anunciar qual é a dele. Mas a gente já não sabe o que ele quer? Por onde anda, Jader diz mais ou menos assim: se for preciso vamos entrar nessa guerra. Nossa arma é o argumento que convence. Nosso exército, o povo do Pará. Quem acredita, de olhos bem fechados, nas “pistas” do cacique, nunca jogou um jogo, logo não conhece o blefe. Fica só na arquibancada. Assim é amor no mar, não é não?
Bom dia,caro Paulo:
ResponderExcluiracabei de perder o comentário, mas refiz...rsrsrs...
A planilha enviada pra a Assembléia é um acinte que demonstra o mix de arrogância e burrice dos moleques do Palácio de Inverno. Assim, a questão eleitoral está posta a partir dali, daquele núcleo de incompetência e reforça a indisposição dos deputados.
Curioso é que a arrogância ali na Augusto Montenegro não tem limites, nem respeita “parcerias”. Ou seja, se esse “plano de aplicação” é deste jeito, comprovam que a linha de crédito do BNDES é graciosa, tão eleitoral quanto a deles. Se não é assim, a turma está escondendo onde e em quê vai aplicar o dinheiro.
Além disto, o Governo (?) conseguiu nestes três anos a aprovação de linhas de crédito de cerca de 2 bilhões, dos quais usou “apenas” 511 milhões. Porque não acessa o que já está autorizado? Por falta de competência técnica para propor novos projetos ou porque as linhas de crédito já aprovadas não são eleitoreiras?
Resumo da ópera bufa, sem querer ofender os maravilhosos bufões: o que é mesmo isso, companheiro?
Abração.
Bom dia, caro Paulo:
ResponderExcluirpenso que as razões fundamentais são mais fortes que a nova razão.
O Governo reiteradamente relaciona-se com a Assembléia como se ela fosse absolutamente desnecessária à sua "atuação". Salvo para o que é obrigatória a aprovação legal, os deputados foram tratados como estafetas à serviço do Palácio de Inverno.
Por falar em autorizações obrigatórias, a Assembléia autorizou ao longo desses três anos o contrato de empréstimos de cerca de 2 bilhões, dos quais as excel~encias recolucionárias usaram "apenas" 511 milhões.
Fica agora a pergunta que não quer calar: porque não tomar os 300 e tantos milhões dos empréstimos já autorizados?
Tenho minha suspeita: aqueles requerem capacidade técnica para apresentação de projetos e planos de aplicação. Essa "linha de crédito emergencial" do BNDES foi mesmo criada para apoiar a companheirada brasileira na campanha eleitoral. Por isso o desespero do acesso a esse crédito.
Seja lá como form, a turma da Augusto Montenegro é mesmo de uma desfaçatez e de uma incompet~encia atróz, até para o que poderia "beneficiá-la". Sorte do Pará.
Abração.
O empréstimo de 366 milhões disponibilizado pelo BNDES ao Pará não se trata de "linha de crédito emergencial" para apoiar a companheirada em ano eleitoral. Trata-se de linha crédito disponibilizada pelo governo federal a todos os estados brasileiros, em compensação pela queda na arrecadação, ocasionada pela recente crise econõmica global.
ResponderExcluirA opção por se utilizar a linha de crédito do BNDES e não os bilhões autorizados pela nossa exemplar Assembléia, deve-se aos diferentes encargos e prazos entre uma e outra.
Mas é claro, o Pará é um estado riquíssimo, cujos deputados extremamente responsáveis e zelosos pelo interesse público, podem se dar ao luxo de dispensar tal recurso. Com certeza ele não fará falta alguma à potentosa economia paraense.
Mas é claro que todos os leitores deste blog sabem disso.
Mas também fica claro que preferem se espelhar no comportamento irresponsável de alguns deputados, que colocam seus interesses sempre acima dos do povo do Pará.
E tenho dito.
PS
Antes que venham com bobagens, do tipo é um assessor defendendo a sua boquinha, deixo claro: não sou assessor de político ou governo algum. Mas preocupa-me tanto o comportamento cretino de daqueles da imprensa que sabendo o que se passa, preferem fazer o jogo sujo daqueles políticos que tanto criticam.
Renan
Boa noite, caro Paulo:
ResponderExcluirBoa noite, Renan:
seu comentário merece respeito e alguns reparos.
A linha de crédito do BNDES é emergencial sim. Se não é eleioreira, são outros quinhentos. No caso dúbio do Governo do Pará, no entanto, quase não sobram dúvidas.
A linha de crédito foi inicialmente disponibilizada pelo BNDES em junho. O Governo do Pará não se habilitou a ela. Talvez não tivesse enxergado a "crise" que, no nosso caso é muito mais de gestão do que de qualquer outra coisa.
Mas, o BNDES, talvez pretendendo ajudar retardatários, aumentou o crédito disponível anteriormente - 1 bilhão - para 6 bilhões, em outubro, através de nova Resolução, a 3.794. Mera coincidência, é claro. E aí o Governo do Pará enxergou a propria crise!
Curioso, Renan, é que os estados que se habilitaram nessa nova modalidade, no projeto-de-lei definem claramente a obra e os locais onde o recurso vai ser aplicado. Os Estados do Rio de Janeiro, do Ceará, do Rio grande do Norte fizeram isto. Aqui, não.
A destinação do recurso virou mistério, salvo se acreditarmos que a planilha irresponsável enviada à Assembléia merece alguma credibilidade.
Portanto, nada é tão simples quanto parece.
Um abraço
Abração, Paulo.