terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Puty dependerá mais dele como para se eleger deputado

A antecipação – confirmada –, de abril para os próximos dez dias, do afastamento do chefe da Casa Civil, Cláudio Puty (na foto, da Agência Pará, ao lado da governadora Ana Júlia), deve ter reflexos não apenas para o próprio secretário e suas pretensões eleitorais como na composição de forças internas do PT.
Puty, uma vez fora do governo, perderá muita, muitíssima visibilidade, o que será fator dos mais relevantes para sua condição de pré-candidato a deputado federal pela DS (Democracia Socialista).
Se Puty tivesse ainda dois meses cheios – fevereiro e março – para trabalhar sua imagem de candidato, isso poderia contar substancialmente para torná-lo conhecido em segmentos mais amplos, que não apenas os do próprio PT.
Mas é evidente que, de outro lado, o secretário, uma vez fora do governo, terá vantagens.
Uma delas é, exatamente, o fato de não mais ser secretário.
Ele sairá da linha de tiro. É a primeira vantagem.
Com isso, não recairá mais sobre ele o ônus de interferir, para o bem ou para o mal, na articulação política do governo.
Sobre ele não mais recairão as suspeitas de que todos os seus movimentos, todas as suas iniciativas teriam motivações eleitorais, quando em verdade muitas faziam parte apenas das atribuições administrativas legais do secretário.
E ficará Sua Excelência muito mais à vontade para trabalhar sua candidatura junto a alguns segmentos aos quais se dedicou especialmente, enquanto esteve na Casa Civil. A juventude é um deles.
Puty dependerá muito, é claro, do apoio da governadora. E sem dúvidas de que ela deverá apóia-lo sem hesitações.
Mas o secretário dependerá, em verdade, muito mais dele.
A seu favor, Puty terá a experiência administrativa que acumulou nestes três anos de governo, a enorme rede de relacionamentos que formou enquanto secretário, suas qualidades intelectuais e, por último mas não menos importante, o vigor natural de quem, ainda jovem como ele, está motivado a iniciar uma experiência totalmente nova: a de exercer um mandato parlamentar.
Quanto à composição de forças no PT, é preciso considerar, primeiro, que a antecipação da saída de Puty remove um fator de atrito, de desgaste, de confronto entre as tendências, que se sentiam desprestigiadas em relação à DS (Democracia Socialista), que por sua vez era personificada no próprio Puty e, consequentemente, nas movimentações que o secretário eventualmente fazia, com claros propósitos de projetar-se eleitoralmente.
Considere-se, no entanto, que a DS perdeu espaço, mas não todo o espaço que tinha no coração do poder no governo Ana Júlia.
O subchefe da Casa Civil, por exemplo, continua a ser Milton dos Santos Rezende, e ele dificilmente sairá de lá.
Miltinho, como os íntimos o chamam, é o condestável nacional da DS no governo Ana Júlia. Foi enviado pra cá por Joaquim Soriano, o cara da DS nacional. É apontado como intelectualmente preparado, mas com um viés autoritário que não o faz, digamos, tão estimado inclusive por assessores próximos de Ana Júlia que nem têm filiação partidária.
Rearticulado internamente, resta saber agora como é que o PT vai rearticular-se externamente.
Resta saber como conduzirá a política de alianças.
Resta saber que partidos agregará aos nanicos dos nanicos que no momento apoiam Ana Júlia.
Mas isso tudo, vocês sabem, será uma outra história.
Ou outras histórias.
Vamos acompanhar.

9 comentários:

  1. Anônimo2/2/10 13:17

    Sr. Poster, essas obscuras 'universidades", que ninguém nunca ouviu falar, não credenciam em nada, quanto mais ao se ver na prática o que o tal faz, com oportunidade ímpar em um estado tão rico e tão pobre como o nosso.
    Assim, as referidas qualidades intelectuais podem ser interpretadas negativamente. Não é?

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  2. Anônimo2/2/10 13:30

    Ih, seu espaço, já rolou o acordão com o Puty né? Perdemos o último blog independente do Pará!
    Sintomático porque o Miguel Oliveira deu uma aliviada pelas bandas do Estado do Tapajós, com a conversa fiadíssima de que o Puty já tinha acertado sair cedo e EXIGIA isso para não prejudicar o PT.
    HAHAHAH

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  3. Anônimo das 13h30,
    Como você nos dive3rte (rsss).
    Como se dizia antigamente - você é de antigamente?: você é gozado.
    Mande mais dessa.
    Mande mais.
    E obrigado pela diversão gratuita.
    Grande abraço.

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  4. Anônimo2/2/10 21:05

    Acho que a Câmara Federal precisa ser renovada. Tirar aquela velharia retrógrada e colocar gente nova. Puty pode ser uma dessas alternativas. Preparo ele tem para isso.

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  5. Anônimo2/2/10 22:28

    Tem sim muito preparo. A gente viu na SEGOV e na Casa Civil.
    Queria que o Leopoldo Vieira se pronunciasse a esse respeito, especialista que é no estado em matéria de jovens, se renovação sem idéias já basta pra mudar a política. Rsrsrsrs

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  6. Anônimo3/2/10 10:17

    É incrível um cara que faz questão de dizer que é doutor, que estudou fora do país e outras coisas fazer tannntaaaaaa bobagem e acabar com um governo que se diz POPULAR E DEMOCRATICO só se for pra DS.

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  7. Anônimo3/2/10 10:18

    Ao anônimo das 22:28: então fiquem com Wladimir Costa, Gerson Peres, Zenaldo Coutinho, Giovanni Queiróz, Zé Geraldo e outros...

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  8. Anônimo3/2/10 10:20

    Já era a tua carreira meteórica de político puty, não se elegeste nem para presidente do diretório estudantil, imagine já querer vir a ser dep federal! vc é da queles que acha que com a máquinha td é possivel?

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  9. Anônimo3/2/10 11:16

    AnÔnimo das 10:18, esses nós conhecemos de longa data, tem seus prós e contras, tanto que não votados por uns e votados por outros, mas teu candidato com 2 anos de vida pública, na SEGOV e CC, é certeza moral que não queremos pro Pará, pois além disso, não sabemos o que pode vir por ai de mais despreparo e mau caratismo. Mais desartilação e incompetênca.

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