quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Cardias nega que tenha sofrido um atentado

No AMAZÔNIA:

O ex-policial Sebastião Cardias, um dos envolvidos na morte dos irmãos Ubiraci e Uraquitã Novelino, ocorrida em abril de 2007, foi ouvido na manhã de ontem pela promotora de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos, Elaine Castelo Branco, sobre uma suposta tentativa de envenenamento contra ele e Antonio Gonçalves, um dos acusados do caso Rafael Viana. Em uma carta enviada à promotora no dia 14 de outubro do ano passado, Gonçalves afirmou que corria risco dentro da Penitenciária Coronel Anastácio das Neves, em Americano, onde ele e Cardias estão presos. Segundo ele, os dois teriam recebido um café amargo, que continha veneno. Diante da denúncia, Cardias foi ouvido na condição de testemunha, mas ele negou o fato.
De acordo com a promotora, o envolvido no caso Novelino afirmou que se sente seguro dentro da casa penal, reservada para ex-policiais e servidores presos, e observou que não está no mesmo pavilhão que Gonçalves. Cardias informou ainda que chegou a receber um café amargo, mas ao sentir o cheiro forte, devolveu a bebida. Além disso, uma perícia confirmou que o café não estava envenenado. Apesar do exame negativo e de Sebastião Cardias não ter confirmado a tentativa de envenenamento, a promotora Elaine Castelo Branco garante que os procedimentos de investigação sobre uma suposta ameaça de morte contra os envolvidos no caso Rafael Viana devem continuar. 'Vamos pedir alguns documentos, como detalhes da perícia feita no café', informou.
Antonio Gonçalves já foi ouvido duas vezes sobre o assunto. Nos depoimentos, ele afirma que se sente ameaçado pelo tenente Rodrigo Duarte Negrão, que comandava a guarnição acusada de sequestrar, torturar e matar o pedreiro Rafael Viana. O tendente Negrão também está sob custódia.
O pedreiro de 21 anos, Rafael Viana, foi assassinado em 22 de dezembro de 2007, quando teria sido detido como suspeito de participar de um assalto. Quatro dias depois, seu corpo foi encontrado boiando no rio Guamá.

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