Na FOLHA DE S.PAULO:
Três dos seis hospitais construídos pelo consórcio liderado pela Camargo Corrêa no Pará ainda não estão funcionando. As obras são alvo de uma investigação do Ministério Público Federal em São Paulo.
O governo de Ana Júlia Carepa (PT) espera ainda neste ano colocar em funcionamento os das cidades de Breves, na Ilha do Marajó, e de Tailândia, no nordeste do Estado (este não chegou a ser citado na denúncia da Procuradoria, mas também foi feito pela construtora).
As instalações dos dois hospitais estão 95% prontas, mas faltam médicos e equipamentos para que possam funcionar.
Há um terceiro hospital, que deveria cuidar de crianças com câncer em Belém, que mal saiu do papel. Pensado para ser uma espécie de anexo do Hospital Ophir Loyola, principal centro oncológico da capital paraense, dele só foi feita a fundação.
Mesmo um dos que foram terminados, o de Santarém, na região do Baixo Amazonas, não funciona como deveria, segundo o Sindicato dos Médicos do Pará: "Há seríssimos problemas", disse Wilson Machado, um dos diretores do sindicato.
Ele afirmou que o hospital deveria oferecer serviços como hemodinâmica e cirurgia infantil, mas não o faz. Criado para ser um centro de ponta, ele acaba tendo de tratar de casos mais simples também, devido à falta de atendimento básico nos municípios da área: "A concepção foi desvirtuada".
Os hospitais entraram no foco da Operação Castelo de Areia, que investiga supostos crimes financeiros da Camargo Corrêa, depois que, segundo o Ministério Público, foram descobertos documentos comprovando o pagamento de propina ao PT e ao PMDB do Pará -aliados no governo do Estado.
A Procuradoria da República argumenta que, por meio de uma conta bancária na China, em nome de Tiger Information, foram depositados para o PT R$ 261.285,52 em abril de 2008. Já os peemedebistas, diz a denúncia, receberam R$ 130 mil em uma conta brasileira.
Também foram encontrados registros da empresa com as anotações "PT 5%" e "PMDB 3%". Além disso, havia menção a "Carlos Botelho", mesmo nome do consultor do governo do Pará, e a "JB, eleição e partido".
Todos os citados negam envolvimento em qualquer ilegalidade. Os petistas afirmam que as obras foram licitadas em 2005, quando o Pará era comandado por Simão Jatene (PSDB), e que portanto não haveria sentido na propina .
Mas empreiteiros ouvidos pela Folha disseram que, se a hipótese de propina for verdadeira, é possível que ela tenha sido negociada para que os pagamentos fossem liberados.
O Estado disse já ter pago R$ 247 milhões das obras, cujo custo total foi dividido entre empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que entrou com R$ 215,3 milhões, e contrapartidas estaduais -de R$ 79,6 milhões.
Os hospitais faziam parte de um plano do governador Simão Jatene (PSDB) para descentralizar o atendimento de alta e média complexidade no Pará.
Maiores detalhes no clipping do TSE no endereço abaixo:
ResponderExcluirhttp://clipping.tse.gov.br/noticias/2010/Jan/17/a-conta-tiger-em-taiwan
Uma vergonha os jornais do PArá se calarem sobre este fato.
ResponderExcluirJa fiz varias tentativas em Email ao BNDES sem sucesso para que eles me informassem porque da liberação do emprestimo para a construção do Hospital Oncologico Infantil Ofir Loyola e esta construção ainda nem saiu das fundações sendo que seu prazo de término desta construção seria Dezembro/2008 conforme uma placa neste terreno continha esta informação.
ResponderExcluirJá questionei ao BNDES o porque da liberação desta montanha de recursos sem a devida fiscalização nesta obra? Já informei ao proprio BNDES sobre o que a nossa Governadora nestas entrevistas de fim de ano disse que este Hospital não tinha importancia? Já questionei ao BNDES sobrfe o possivel emprestimo para a reeleição da Governadora de 360 milhões se ela não aplicou corretamenta o dinheiro recebido para a construção deste Hospital. O BNDES como é do PT até agora não me informou, mas continuarei com a sina de perguntar a eles sobre estes fatos que penso que seja do interesse de todos nos mortais. Já que os Deputados não cobram ou fiscalizam, o povo é que tem que fiscalizar e denunciar.
Pedro Carvalho
Pedro, vou tentar tirar sua duvida quanto ao questionamento sobre a liberaçao dos recursos para construçao do Hospital Oncologico Infantil Ophir Loyola. Acontece que o contrato de financiamento entre o governo do Estado e o BNDES foi fechado para a construçao dos cinco hospitais regionais e o hospital Ocologico Infantil, portanto o volume de recursos liberados corresponde a aplicaçao desses em todas essas obras.
ResponderExcluirSendo assim, conclui se que, em 2007, ao assumir o governo, Ana Julia ja tinha os recursos para construçao do hospital Oncologico Infantil garantidos, alem do projeto pronto e aprovado.
Agora, o porque dessa obra se resumir ate hoje a uma placa, so Ana Julia e seus companheiros PTralhas podem e devem nos responder.
Ao Anonimo das 15:02
ResponderExcluirMeu muito obrigado, foi isto que o BNDES me informou em Maio/2009, isto depois de eu questionar muito, inclusive mandando fotos das placas que dava as informações desta obra, com o preço e o prazo de entrega. O BNDES em maio/2009 me informou que teria uma reunião com o pessoal do Governo para uma mexida neste projeto deste Hospital e que as obras seriam reiniciadas imediatamente. Tambem o BNDES mandou retirar o prazo para a conclusão desta obra sugerindo ao Estado que mandasse pintar em uma placa o seguinte: FUTURA CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL ONCOLOGICO INFANTIL OFIR LOYOLA, em vez daquela existente no local.
Uma vergonha, tanto do Governo do Estado quanto o BNDES, um encobrindo as traquinagem do outro. Por fim tenho em meus arquivos tudo que afirmo, inclusive fotos destas placas que foram retiradas. No Jornal O LIBERAL do dia 23.01.2010 que apesar de hoje ser 22 recebido em minha residencia em seu primeiro caderno em duas paginas mostra como o Governo do Estado do Pará trata quem sofre de cancer. E ainda vem este Governo dizer que ele cuida das pessoas. O certo é que o BNDES liberou esta verba para esta construção e o xis do problema e saber onde este Governo colocou este dinheiro.
Pedro Carvalho