A viúva do artista plástico Osmar Pinheiro de Souza Jr., Izabel Cristina Bazerra Pinheiro de Souza, e os cinco filhos do casal, todos atualmente residindo em São Paulo (SP), já estão constituindo advogado.
Eles já decidiram ingressar com uma ação judicial para pedir reparação por ter sido removido, da área do Ver-o-Peso, o mural que Osmarzinho - falecido há três anos e meio - pintou em 1985, retratando a restauração da área e que mostrava, numa das janelas, o então prefeito Almir Gabriel, todo de branco. No lugar, está sendo emoldurado um mural em grafite, de autoria do artista paulistano Eduardo Kobra.
“Estou muito triste, estou muito chocada com tudo isso. Nós vamos à Justiça porque não é a primeira vez que isso acontece com as obras do Osmar. Você se lembra do que que aconteceu com os ‘Velames’, obra que está desaparecida até hoje. E agora, tivemos notícia da remoção desse mural do Ver-o-Peso. Isso é uma agressão ao patrimônio cultural da cidade. E não pode acontecer”, disse Izabel ao blog, por telefone.
O “Velames” a que ela se refere é uma outra obra de Osmar, também removida no governo Edmilson Rodrigues, que quando assumiu a Prefeitura de Belém era filiado ao PT e posteriormente filiou-se ao PSOL, partido a que pertence até hoje.
O blog ressaltou, em postagem nesta segunda-feira (25), que a remoção da obra de Osmarzinho, um dos maiores artistas plásticos do Pará, não pode e nem deve ser justificada sob o argumento de que é fruto, supostamente, de inspirações políticas, por mostrar um prefeito, no caso Almir Gabriel, como um dos detalhes do trabalho.
O que se deve ter em mira é a obra do artista. Do contrário, e a vingar a concepção de que uma obra que contém uma personalidade política deve ser atirada no esgoto, então deveria ser removida aquela pintura que está no frontão da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, mostrando, entre outros, o governador da época de inauguração, Dionísio Ausier Bentes (1925-1929), e o intendente de Belém, Rodrigues dos Santos, que aparece de terno e gravata (vejam na foto do alto, do próprio blog).
Da mesma forma, deveria ser atirada no limbo e – no limo - de um depósito qualquer a obra de De Angelis que retrata a morte de Carlos Gomes e igualmente mostra figuras políticas da época, como Lauro Sodré, governador do Pará, grande amigo e protetor do maestro; além de Gentil Bittencourt, vice-governador; dom Macedo Costa, arcebispo do Pará; o senador Antônio Lemos, o Visconde de São Domingos e outros ilustres personagens do Estado.
O quadro, intitulado “Os Últimos Dias de Carlos Gomes” (vejam na imagem acima), datado de 1899, ainda causa polêmica até hoje. Por quê? Porque mostra o maestro rodeado de várias pessoas, quando em verdade ele morreu sozinho, e não numa casa, mas numa rede. O certo é que é uma obra artística. O pintor ficou livre para retratar o evento da forma que bem entendeu. E aí? Vão também colocar o quadro no índex?
Ou é preferível colocar no índex todas as predisposições de ordem política, ideológica e quaisquer outras que concorram para desfalcar Belém e o Pará de seu patrimônio cultural?
Eles já decidiram ingressar com uma ação judicial para pedir reparação por ter sido removido, da área do Ver-o-Peso, o mural que Osmarzinho - falecido há três anos e meio - pintou em 1985, retratando a restauração da área e que mostrava, numa das janelas, o então prefeito Almir Gabriel, todo de branco. No lugar, está sendo emoldurado um mural em grafite, de autoria do artista paulistano Eduardo Kobra.
“Estou muito triste, estou muito chocada com tudo isso. Nós vamos à Justiça porque não é a primeira vez que isso acontece com as obras do Osmar. Você se lembra do que que aconteceu com os ‘Velames’, obra que está desaparecida até hoje. E agora, tivemos notícia da remoção desse mural do Ver-o-Peso. Isso é uma agressão ao patrimônio cultural da cidade. E não pode acontecer”, disse Izabel ao blog, por telefone.
O “Velames” a que ela se refere é uma outra obra de Osmar, também removida no governo Edmilson Rodrigues, que quando assumiu a Prefeitura de Belém era filiado ao PT e posteriormente filiou-se ao PSOL, partido a que pertence até hoje.
O blog ressaltou, em postagem nesta segunda-feira (25), que a remoção da obra de Osmarzinho, um dos maiores artistas plásticos do Pará, não pode e nem deve ser justificada sob o argumento de que é fruto, supostamente, de inspirações políticas, por mostrar um prefeito, no caso Almir Gabriel, como um dos detalhes do trabalho.
O que se deve ter em mira é a obra do artista. Do contrário, e a vingar a concepção de que uma obra que contém uma personalidade política deve ser atirada no esgoto, então deveria ser removida aquela pintura que está no frontão da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, mostrando, entre outros, o governador da época de inauguração, Dionísio Ausier Bentes (1925-1929), e o intendente de Belém, Rodrigues dos Santos, que aparece de terno e gravata (vejam na foto do alto, do próprio blog).
Da mesma forma, deveria ser atirada no limbo e – no limo - de um depósito qualquer a obra de De Angelis que retrata a morte de Carlos Gomes e igualmente mostra figuras políticas da época, como Lauro Sodré, governador do Pará, grande amigo e protetor do maestro; além de Gentil Bittencourt, vice-governador; dom Macedo Costa, arcebispo do Pará; o senador Antônio Lemos, o Visconde de São Domingos e outros ilustres personagens do Estado.
O quadro, intitulado “Os Últimos Dias de Carlos Gomes” (vejam na imagem acima), datado de 1899, ainda causa polêmica até hoje. Por quê? Porque mostra o maestro rodeado de várias pessoas, quando em verdade ele morreu sozinho, e não numa casa, mas numa rede. O certo é que é uma obra artística. O pintor ficou livre para retratar o evento da forma que bem entendeu. E aí? Vão também colocar o quadro no índex?
Ou é preferível colocar no índex todas as predisposições de ordem política, ideológica e quaisquer outras que concorram para desfalcar Belém e o Pará de seu patrimônio cultural?
Tem acabar com essa sacanagem com o artista paraense. Como é que pode um governo que se diz popular agredir a nossa arte, desrespeitar o nosso artista em favor de uma pessoa de fora. O Osmarzinho foi reconhecido até no exterior, mas o que se vê por aqui é a Ana Júlia e Joana e Cia humilharem os nossos artistas com atitudes como essa.
ResponderExcluirA classe artística tem que reagir, do contrário amanhã, quem sabe, toda a produção de arte da terra será jogada no lixo.
Aonde já se viu turar um artista reconhecido da terra por um de fora. Só mesmo esse governo obscuro do Pt que , com tanta coisa por fazer, resolve mexer logo com a classe artística.
ResponderExcluirO Osmarzinho, por tudo que fez em vida, não merecia mesmo isso.
Podem esperar que vem chumbo grosso.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Lamentavel sob todos os aspectos o que estão fazendo com o nosso querido Osmarzinho, pesoa de talesto que deixou sua mareca quando em vida.
ResponderExcluirÉ preciso mesmo que a família reaja e entre na justiça contra essa aberração. Aliás, espera-se o mesmo por parte dos artistas da terra que não podem permitir que o patrimônio artístico da terra seja destruído dessa forma.
Me admiro muito da nossa governadora Ana Júla Carepa concordar com esse tipo de procedimento.
Ministério Público em ação pra acabar com essa bandalheira.
ResponderExcluirLamentáveis as manifestações de xenofofia e bairrismo. Tenho toda a admiração do mundo pelo Osmarzinho, mas aquilo não é obra de arte. Foi uma forma de homenagear o prefeito da época de restauração. Por que será que os tucanos acham que são donos dos espaços públicos construídos nos governos deles, mas com dinheiro público. Sacanagem foi destruirem a história, como fizeram na obra do Forte do Castelo.
ResponderExcluirBoa postagem. O gancho que o anônimo enviou no outro post sobre a fachada da basílica foi bem aproveitado, é até surpreendente que outros blogs e jornais não tenham pensado nesta comparação.
ResponderExcluirO prefeito e a governadora tem que sentir muita vergonha mesmo do que estão fazendo.
Ana Júlia deveria mandar restaurar o mural ("trompe l'oeil", como se diz em francês) e convidar o arquiteto Paulo Chaves e o ex-governador para a reinauguração do espaço, seria um gesto simpático e uma atitude democrática. Ganharia até votos com isso.
Gente, isso é só mais uma maneira de se justificar gastos.
ResponderExcluirProcurem saber quanto vai custar essa obra que estão contratando. Uma fábula, podem esperar, pois arte é muito subjetiva e o valor é mensurado pelo artista.
Trata-se de um retrocesso, muito comum em governos ditos populares, com indisfarçável viés autoritário, a exemplo de Chávez na Venezuela, que pelo visto tem muitos simpatizantes no Brasil. O próximo passo é a edição de uma "cartilha" contendo o que pode e o que não pode ser objeto de criação artística,o que pode e o que não pode ser divulgado nos meios de comunicação, inclusive nos blogs. É a tentação autoritária, caro Poster. Não por acaso são os mesmos que já tentaram implantar a censura à imprensa e ao Ministério Público, através do Conselho Nacional de Jornalismo, ou Conselho da "mordaça" , e , mais recentemente, com o Programa Nacional de Direitos Humanos. Eles não desistirão enquanto não implantarem o "regime" totalitário com partido único e total aparelhamento do Estado, nos moldes do bolchevismo. Nem a propósito, soviet quer dizer conselho... Resta-nos aos cidadãos que prezam a liberdade, em todas as suas expessões, artísticas inclusive, repelir nas urnas esses filhotes do fascismo leninista. Vade retro !
ResponderExcluirUma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Nada contra ter um artista de onde quer que seja para desenvolver seus trabalhos aqui. A fronteira está aberta não só aos bandidos. No entanto, um artista que se diz artista, deveria pensar duas vezes antes de pintar por cima de um trabalho assinado por outro. A falta de respeito é indiscutível pois o caso em questão pedia o RESTAURO. E nota dez para a ótima abordagem do blog ao ilustrar o assunto com imagens históricas onde aparecem figuras da política da época. O pensamento pequeno mais uma vez esmaga a grandeza que essa terra já teve.
ResponderExcluirSó mais uma estupidez entre tantas que estamos convivendo em nosso Pará.
Principalmente, é falta do quê fazer (e olha que esse governo que nada faz, nem sequer começou e já está pra acabar..).
ResponderExcluirSegundamente, os cumpanherus aspones (que tem aos montes nesse governo, mamando muito mais do que a tucanagem mamava), na falta do que fazer, devem ter pensado algo como "hoje vamos sacanear com quem lá dos tucanos?"
Terceiramente, por ter parco entendimento e fraqueza de espírito público, esqueceram de , ao menos, respeitar obra de artista da terra.
Nem que fosse um simples grafiti, deveria ter sido respeitada.
Por quê, ao invés de destruir a obra alheia, não escolheram um espaço bem lindo e importante onde pudesse ser pintada uma cena bem paraense da gobiernadora se rasgando numa roda de carimbó, hein?!
Seria bem mais decente, cumpanherus!
Como o blog bem ressaltou e exemplificou, é parte do registro histórico das mais diversas épocas o retrato de personalidades políticas. No caso, quando o painel foi retratado o então prefeito de Belém Almir Gabriel, ele não foi retratado por ser um político do PSDB e sim porque ele era uma figura pública, parte da história do Pará. Portanto não a nada de errado no registro. Senão deveria-se questionar todas as estatuas paineis de JK que o Niemeyer fez. E tantos outro exemplos são parte relevante da nossa história e de nossa identidade.
ResponderExcluirMe parece que quem está fazendo uso da máquina do estado, movido por interesses partidários, é o atual governo. Que vê o painel como uma obra de um partido rival e não como um patrimonio cultural da cidade, o qual deveria preservar. Onde o critério deveria ser do interesse público e não o do seu partido.
É lamentável!