Governantes são líderes.
Quase sempre o são.
Dos líderes, espera-se que estejam permanentemente presentes.
Presentes em todo lugar.
Não confundam isso com a ubiquidade, um dom divino, como sabem.
A presença do governante não o obriga a manifestar-se fisicamente em todos os locais.
Não.
Sua presença pode se expressar pela atenção, pela solidariedade, pelo interesse que demonstra sobretudo em certas situações adversas.
Lembram-se de Lula?
Demorou à beça a se manifestar quando caiu o avião da TAM em Congonhas.
E não foi pessoalmente ao local.
Por isso, sofreu críticas.
E agora?
Agora temos esta tragédia em Angra.
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chegou à região apenas na manhã de ontem, 24 horas após dois deslizamentos matarem 33 pessoas no município.
Foi alvo de críticas por isso.
E a governadora Ana Júlia?
Por aqui, temos a seca inclemente que assola a região do Marajó.
Deem uma olhada acima, na foto de Paulo José.
Sua Excelência ainda não botou os pés por lá.
E olhem que Ana Júlia esteve recentemente em Copenhague, onde se encontrou com personalidades e demonstrou o máximo interesse em questões ligadas ao clima, ao meio ambiente.
Mas ainda não deu um pulinho ao Marajó.
Quando voltou de Copenhague, Ana Júlia preocupou-se em dar continuidade à maratona de entrevistas – mais de 50, até agora –, nas quais tem dito, em resumo e repetidamente, que nunca antes, na história deste Estado, um governo fez tanto quanto o dela.
Mas a ausência de Sua Excelência não é marcante apenas em relação ao Marajó.
Recentemente, um barco naufragou na região de Monte Alegre.
Mas de 15 mortos.
E Sua Excelência?
Nenehuma nota de solidariedade aos parentes das vítimas.
Nenhuma palavra de consolo.
Nenhum sinalzinho de atenção.
E olhem que, nas entrevistas – às dezenas – que Sua Excelência tem dado, uma das pérolas que tem repetido é a de que ele cuida dos 7,5 milhões de paraenses como se eles fossem seus filhos.
Filhos dela, Ana Júlia.
Como se Ana Júlia fosse a mãe de todos eles.
Uma grande mãe.
Mas parece que não.
Parece que Sua Excelência cuida desses 7,5 milhões de paraenses como governadora mesmo.
Apenas como governadora!
Bom dia, caro Paulo:
ResponderExcluiro cinismo, a hipocrisia e a convicção da Excelência estadual, de que o povo é mesmo desconectado da realidade e babaca, só têm parâmetro nas mesmas qualidades da Excelência municipal.
Assim, domingo cedinho, café coado, contei filhos, nora, neta, nossos amigos, colegas de trabalho, vizinhos e conhecidos. Somos cerca de 200. E lembrei de um samba maravilhoso, antigo, que dizia "... é preciso muito amor para suportar essa mulher..." e não resisti à paródia: "... é preciso muito HUMOR para suportar essa mulher..."
Daí que, a partir da minha contabilidade, solicito que a Excelência corrija suas contas. Deve excluir-nos da sua "boutade". Nós nos cuidamos sem ela. Não porque sejamos ricos ou soberbos. Precisamos da saúde pública e de escola de qualidade. Precisamos de segurança pública. Mas, não as temos.
Assim, solicito que ela passe a dizer que cuida de 7.499.800pessoas. Além da justiça cívica e da correção estatística de nos excluir, esse número aliviaria a contumaz hipocrisia, a renomada eviandade e a baixíssima inteligência que a caracterizam.
Isso me fez lembrar que toda vez que ela diz representar as mulheres, penso em contratar um advogado para que me exclua dessa representação. Acredito que as leis devam dar o direito à exclusão, assim como garantem o da inclusão, né? Não perdi a esperança. Até o final de janeiro ainda estou aqui e topo ser objeto desta ação judicial!
Abração.
Paulo,
ResponderExcluirem dezembro, pelo menos três policiais militares perderam a vida em confrontos com bandidos, deixando, com certeza, esposas e filhos, entre outros familiares.
Mas, na entrevista que concedeu à TV Liberal, no programa "Bom Dia Pará", não se ouviu da boca da nobre governadora uma palavra sequer, nem ao menos "Uma pena!", restringindo-se a afirmar que seu governo já investiu zilhões em viaturas, coletes, munição...
E os soldados que morreram defendendo os cidadãos paraenses? Ah, esses não passam de detalhes, né? Morreram? Põe-se outros no lugar.
José Maria Piteira
Paulo comenta a distribuição de brindfes da festa de confraternização com oseus confrades!
ResponderExcluirA governadora gosta de comparar a perlenga polìtica do governo dela com o PMDB como se fosse um casamento, um casal de pombinhos que, è verdade, de vez em quando brigam e depois voltam as boas.
ResponderExcluirA referencia, nesse caso, talvez faça sentido, mas se tratando da nossa nobre governadora nao vejo com bons olhos tal comparaçao: nao querendo entrar na intimidade de DonAna, mas entrando, ela jà casou e descasou umas tantas vezes, uma prova de que muitas vezes as brigas acabam mesmo em separaçao ...
Olá, Anônimo ds 9h23,
ResponderExcluirNão tenho informações sobre isso.
Não fui lá.
Mas se você tiver mais informações, mande pra cá.
Abs.
Olá, Piteira.
ResponderExcluirVocê tem razão.
Seriam gestos como esse de de solidariedade que elevariam a imagem da governadora.
Gestos simples, mas que se fazem ausentes.
Abs.