quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Superintendente do Metropolitano é demitida por telefone

Hoje é aniversário de Sua Excelência a governadora Ana Júlia Carepa.

Ela vai ganhar uma big, uma megafesta no Hangar.

Se o aniversário de Sua Excelência fosse comemorado numa casinha de sapê, só teria bolo, guaraná e uns canudinhos.

Como será no Hangar, presentes os personagens que representam a metade – ou dois terços, sabe-se lá – do PIB paraense, vai ter espumante do bom e do melhor. Entre outras coisas.

E não faltará, é claro, o Parabéns Pra Você!

Com velinhas – 50 e tantas – e tudo o mais.

Enquanto estiverem cantando o Parabéns Pra Você à governadora, o Hospital Regional Metropolitano estará chorando suas misérias, estará chorando o abandono a que foi relegado pelo governo da aniversariante Ana Júlia.

Então, a culpa pela miséria em que se encontra o hospital é do governo Ana Júlia, certo?

Errado.

É da superintendente do Hospital, a médica Maria do Carmo Lobato.

O que ela fez?

Nada.

Apenas confirmou a verdade.

Confirmou, segundo reportagem publicada em O LIBERAL, que o Metropolitano está à beira do colapso.

Confirmou que o hospital, há três meses, não recebe repasses do governo do Estado.

Resultado: o salário dos 1.079 funcionários de novembro foi pago somente no dia 18 deste mês, quando deveria ser pago até o quinto dia útil.

Os fornecedores de materiais estão sem receber desde outubro passado e ameaçam suspender as entregas de remédios e materiais básicos de atendimento já a partir da próxima semana.

Essa foi a verdade confirmada pela médica.

E aí?

E aí que ela foi demitida ontem à noite.

Sumariamente demitida.

Por telefone.

A Sespa do governo Ana Júlia – a aniversariante de hoje - fez pressão sobre a diretoria da OS (Organização Social), que dirige o hospital.

Pressionada, a OS demitiu a médica.

É assim.

Parabéns para Vossa Excelência, governadora!

E para o Hospital Regional Metropolitano, o que diremos?

E para os pacientes que estão lá, sem contar com os plenos serviços do hospital, o que diremos?

À governadora, parabéns.

E para os que sofrem os efeitos de seu, digamos, governo?

O que diremos?

10 comentários:

  1. O que diremos PB? nossos pesâmes por vermos mortas as nossa esperanças de mudanças, antes o PT não tivesse ganhado a eleição para o governo do Pará, assim ainda estariamos crentes e lutando por dias melhores.Não sei o que comemoram no aniversário da governadora, sinceramente eu como ela sentiria vergonha de rir enquanto os que tanto acreditaram nela choram!

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  2. Como é engraçado. Os defensores do estado mínimo morrem de paixão pela privatização. O hospital público administrado por um OS era uma das sete maravilhas do mundo. A OS em vez de arcar com suas responsabildiades transfere para o Estado. Até a demissão de funcionário privado é atribuído ao estado. Os hospitais públicos, Ophir Loiola, Santa Casa e Hospital de Clínica estão com os pagamentos em dia. Já o administrado por uma OS não pagou e a culpa é do governo. Cadê o capital de giro? Onde está a capacidade creditícia? Até as microempresas quando se apertam para pagar o 13º salário recorrem aos bancos. A OS não pode? Não. Para o Espaço aberto a culpa é da governadora. Que nem o direito de comemorar aniversário tem. E olha que a festa no Hangar não é dela, mas da Revista Bacana.

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  3. Sinceramente não eximo a responsabilidade (parcial) da SESPA mas também não acredito que tenha feito pressão sobre a Diretoria do HM para que fosse demitida.Parece mais, muito mais é que seu posicionamento não tenha agradado a direção do hospital. Demissão por telefone? Esta forma é muito peculiar por la. Desde sempre se sabia que o modo de gestão destes hospitais não iria dar certo. Os salários são extremamente distantes entre as categorias e se propuseram desde o começo para servir mais aos interesses particulares que à população. De qualquer forma lamento muito.

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  4. Boa noite, caro Paulo:

    o anônimo das 17:01 poderia também, lembrar que se a OS não cumpre suas obrigações, cabe ao Governo - sofrido, enganado, coitadinho! - fazer negociações para que a OS cumpra seu dever ou denunciar o contrato na Justiça.

    Quanto aos hospitais públicos estarem com pagamentos em dia, como vai o "resto"? Quando chega o dia da hemodiálise, da radioterapia?

    Abração, Paulo.

    Feliz Natal!

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  5. Enquanto muitos Estados abrem as suas contas na internet, o governo do Pará é uma caixa preta, não se sabe onde e como se gasta e também não sabemos se estas OSs estão funcionando corretamente e como aconteceu na Seop, só se paga quem vai pro acerto.

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  6. Será que o anônimo das 17:01 sabe que o Hospital de Clínicas Gaspar Viana que foi ACREDITADO em 2006 (Governo TUCANO), é o PRIMEIRO hospital do Brasil a ser DESACREDITADO? Pois é, foi isso que aconteceu no GOVERNO DA ANIVERSARIANTE ANA JÚLIA CAREPA. A ACREDITAÇÃO é uma certificação de qualidade instituída pelo GOVERNO FEDERAL, do companheiro e amigo pessoal da Governadora ANA JÚLIA, ou seja, é um prêmio pela excelência na qualidade da assistência e o próprio Governo Federal através da ONA (Organização Nacional de Acreditação) ao avaliar o Hospital Gaspar Viana, o DESACREDITOU.
    Isso é lamentável, considerando que o HCGV é o primeiro, repita-se, É O PRIMEIRO HOSPITAL NO BRASIL A SER DESCREDITADO (perder a certificação) PELO GOVERNO FEDERAL, e isso ocorreu em 2009, cujo período avaliado foi 2008 (SEGUNDO ANO DO GOVERNO ANA JÚLIA).
    É triste constatar que o PARÁ É O ESTADO QUE SÓ PERDE. PERDEU A COPA, PERDEU A ACREDITAÇÃO DO HCGV, PERDEU INÚMEROS BEBÊS QUE MORRERAM NA SANTA CASA, PERDE DIARIAMENTE MUITAS VIDAS PELAS MÃOS DA CRESCENTE VIOLÊNCIA. O Pará é hoje um ESTADO QUE ANDA NA MARCHA RÉ DO PROGRESSO E DA ÉTICA.
    Chega do velho e surreal argumento de que TUDO É CULPA DO GOVERNO PASSADO. Ninguém mais acredita que após decorridos 36 meses de governo, a Sra. Governadora e sua equipe, não tenham conseguido melhorar nosso Estado, ao contrário, ele piorou e piora a cada dia.
    Não aguentamos mais desculpas e bode espiatório (Governo passado), queremos AÇÃO e REAÇÃO para melhorar a vida da população paraense, principalmente da parcela mais carente dela que precisa dos serviços públicos de saúde e educação. Garantir SEGURANÇA PÚBLICA e prestar serviços de SAÚDE e EDUCAÇÃO com qualidade, não é ´BENEVOLÊNCIA, É OBRIGAÇÃO DO ESTADO.
    Não se pode mais aceitar que pessoas como o diretora do hospital metropolitano, seja punida por falar a verdade. Não se pode mais aceitar que pessoas como os administradores de OS, como essa do HM, seja subserviente e aceite esse tipo de imposição de demitir alguém que agiu em defesa da sociedade, principalmente a parcela carente que usa os serviços daquele hospital porque assim agindo, essa OS está prestando um DESSERVIÇO À SOCIEDADE. É inadmissível que uma OS coordenada por MÉDICOS, que prestaram juramento de salvar vidas, coloque vidas em risco, apenas para não desagradar o GOVERNO.
    É LAMENTÁVEL, meu caro PB. É lamentável.

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  7. Ops...qro aki concertar um erro gravissimo do anônimo das 22:59..
    tem uma coisa que este governo ganhar e de goleada..
    Na incompetência
    Na Truculência
    Na falta de respeito pelo contribuinte
    que não sabe onde está sendo empregado seus impostos..pagos as duras penas..
    E na desfarçatez...
    está em empate técnico com o governo de Duciomar Costa....
    Além de ser um governo que parece que aprendeu direitinho os mecanismos usado pela ditadura...amordaçando qualquer um que falar a verdade sobre os males que este governo do PT tem deixado a este estado...
    "Pará Terra de Direito Violados"..

    Fora PT..........

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  8. o Hospital metropolitano, apesar de gerido por uma OS, é um hospital publico, ou seja, todo procedimento realisado é pago pelo SUS. atualmente a tabela do sus nao consegue custerar nem 30% dos custos de uma internacao hospitalar como um todo, entao o hospital tem que receber repasse do governo para manter-se, desta forma só assim pode pagar funcionarios e fornecedores, agora vem alguem sem nocao dizer que o ofir, o gaspar viana a santa casa está em dia isso é bem verdade, mas o pagamento vem via sespa, oq seria equivalente ao repasse que nao está havendo ao hospital. inicialmente o hospital recebia 5 milhoes por mes de repasse, e o hospital funcionava melhor que hospital particular, depois o governo diminui pra 4, e por fim com a "crise", pra 2.8, com isso caiu a qualidade de atendimento, por fim alem do achatamento comecou a nao fazer o repasse. o mesmo aconteceu com outros regionais que fecharam als inteiras e demitiram muitos funcionarios

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  9. Ops...qro aki concertar um erro gravissimo do anônimo das 22:59..
    Assim inicia o comentário do anônimo das 15:33
    Então, pelo amor de Deus vamos urgentemente consertar o seu CONCERTO.
    CONCERTO
    con.cer.to
    (ê) sm (de concertar) 1 Acordo, ajuste, convenção, pacto. 2 Mús Conjunto de trechos musicais executados por uma reunião de instrumentos ou de vozes. 3 Composição musical destinada a fazer sobressair um instrumento, com acompanhamento de orquestra ou piano. 4 Harmonia de sons ou de vozes; ritmos. 5 Canto de aves. sm pl As vísceras do peixe retiradas para o preparar. C. de harmonia: aquele em que só entram instrumentos de sopro e percussão. C. grosso: concerto com dois ou mais instrumentos solistas.
    CONSERTO
    con.ser.to
    (ê) sm (lat consertu) 1 Ação ou efeito de consertar. 2 Remendo, reparação. 3 Boa disposição, compostura, simetria. 4 Ordem, regularidade. 5 Boa disposição de um discurso. 6 Adornos, enfeites. 7 Dir Confronto, cotejo (da cópia ou traslado com o original).

    No Google temos várias opções de dicionários on line, não custa nada consultar.
    Quanto ao seu comentário estás coberto de razão. É uma pena que a direção do meu partido (PT) não se manifeste contra determinadas ações do governo desta senhora e tampouco se posicione contra o famigerado "Núcleo Duro" e burro que acaba ditado às ordens neste governo.

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  10. O fato é que todas as OS estão em crise aqui no Pará, menos o HANGAR...por que será?

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