No AMAZÔNIA:
Acostumado a tomar decisões repentinas e a falar o que bem entende, sendo muitas vezes forçado a retificar alguns de seus posicionamentos, o presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, está prestes a se meter em mais uma grande polêmica. Isso porque o dirigente pretende iniciar em breve uma briga com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) caso a organização responsável pelo esporte no país mantenha a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol em 2010.
A comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em estádios de futebol no Brasil estão proibidas desde abril de 2008, por uma decisão da CBF, que assinou um protocolo de intenções com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União.
'Essa proibição (de venda de bebidas alcoólicas) é uma norma criada pela CBF, mas não tem força de lei. Por isso, o Paysandu, o Remo e outras equipes vão tentar rever essa determinação aqui no Pará. Ao contrário das questões que envolvem a estrutura dos estádios, que estão no Estatuto do Torcedores e que agora fazem parte da lei, essa ‘lei seca’ não é uma lei do governo brasileiro', argumenta Luiz Omar.
Segundo o mandatário bicolor, a medida tem causado diversos prejuízos ao clube, tanto em termos de presença de torcedores nas arquibancadas quanto nas fontes secundárias de renda durante as partidas realizadas na Curuzu.
O dirigente aponta que a suspensão da venda de bebidas alcoólicas tem proporcionado evasão de renda, pois diminui consideravelmente o número de torcedores nos estádios. O prejuízo para o Paysandu é ainda maior, uma vez que o clube tem participação na venda das bebidas nos dias dos jogos em seu estádio particular.
'Todos notaram uma grande queda no número de torcedores nos estádios paraenses durante este ano. E não foi só a transmissão de alguns jogos pela TV que afastou o público. Muita gente deixou de ir aos jogos porque não podia beber sua cerveja, como sempre fez a vida toda', avalia Luiz Omar, que também contesta o fato da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, ter como um de seus principais patrocinadores uma cervejaria de nível mundial. 'Se a Fifa, que é a entidade que comanda o futebol internacional, tem uma cervejaria patrocinando a Copa do Mundo, acho que é uma contradição muito grande a CBF proibir a venda de cerveja nos estádios.'
Nos próximos dias, o Paysandu vai pedir um posicionamento oficial da Federação Paraense de Futebol (FPF) em relação à solicitação. De acordo com Luiz Omar, uma consulta também será encaminhada à CBF. Caso a resposta seja negativa, o Paysandu se prepara para o caso de ser necessário ingressar na Justiça para garantir o direito da comercialização de bebidas alcoólicas no interior dos estádios paraenses.
O que Luiz Omar e outros dirigentes do futebol regional talvez não estejam considerando é que, caso insistão nessa questão, também estarão comprando uma briga com o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União. Foi dessa entidade que partiu a ideia de vetar as bebidas alcoólicas nas praças esportivas como uma maneira de diminuir a violência nos estádios brasileiros.
Insistão? Não insistam.
ResponderExcluirNesta briga estou com o bocudo Luiz Omar.
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