sábado, 31 de outubro de 2009

Trabalho começou ainda na madrugada

No AMAZÔNIA:

O trabalho começou por volta das 4 horas de ontem, horário em que as equipes saíram da sede da Superintendência da PF, na Almirante Barroso, rumo aos endereços dos suspeitos. A maioria deles mora em Belém, mas também ocorreram prisões em outros municípios, como Castanhal e Capanema.
Entre os suspeitos, há oito servidores da Previdência lotados nas agências Pedreira e Marco, bem como nas agências de Ananindeua, Castanhal e Capanema. Tratam-se de funcionários que atuam diretamente na habilitação e concessão dos benefícios previdenciários. A polícia chegou até eles com apoio da Receita Federal, que mapeou agências em que havia maior indício de emissão de documentos fraudulentos.
Também estão presos um médico perito aposentado há dois meses, um ex-servidor do INSS, 21 intermediários e 10 falsários. Entre esses 10 falsificadores estão dois funcionários dos Correios lotados em uma agência em Benevides, um funcionário do Instituto de Identificação de Igarapé-Açú, um Escrivão da Polícia Civil de Belém, nove corretores de empréstimos consignados, uma funcionária do Banco do Brasil e sete 'soldados'.
Todos os suspeitos, a maioria idosa, foram levados para a sede da Superintendência da PF, em Belém, onde foram interrogados. Uma das presas, que aparentava ter idade em torno de 65 anos, passou mal ao chegar da sede da PF e, minutos depois, foi retirada de lá e encaminhada para socorro médico.
Após interrogatório, os presos do sexo masculino foram distribuídos em unidades do Sistema Penal do Estado. Os do sexo feminino foram encaminhados para o Centro de Recuperação Feminino (CRF) do Coqueiro, no município de Ananindeua. Já os documentos apreendidos seriam analisados por técnicos do Ministério da Previdência Social.
Irregularidades - Durante a investigação, a Polícia Federal localizou 1.826 benefícios com indícios de irregularidades. Isso representa para os cofres da União um rombo em torno de R$ 22,2 milhões. O prejuízo mensal está sendo estimado em R$ 849 mil. No entanto, a PF informa que esse montante ainda deve crescer, já que, no prosseguimento das investigações, muitos outros benefícios irregulares poderão vir à tona.

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