Por que tornar um atirador de elite uma celebridade?

Sabe-se lá...!
Mas a impressão é de que no Brasil, certas vezes, até o certo sai meio errado.
Quem não viu na TV o caso do atirador de elite que abateu, com um tiro certeiro, um assaltante que dominava uma comerciante e ameaçava explodir uma granada?
Todos viram.
Pois é.
O atirador de elite é este aí em cima.
Chama-se major Busnello, chefe da 3ª Seção do 6º BPM do Rio.
O blog o mostra porque todo o Brasil já o viu antes, nas últimas horas.
E aqui está o erro depois do acerto.
Onde está o acerto?
Na decisão da polícia, em usar o recurso extremo – de abater o assaltante -, para livrar a vítima de morrer, o que aconteceria fatalmente se a granada explodisse nas mãos do agressor, que já havia retirado o pino duas vezes, segundo a própria polícia.
Onde está o erro?
Na exposição pública de Busnello.
Não se sabe se a iniciativa de se expor publicamente foi dele mesmo ou se o militar foi orientado – ou mesmo obrigado - a fazê-lo.
De qualquer forma, se fosse em outro país, a identidade do atirador certamente seria preservada.
E o atirador jamais seria mostrado em público.
Por quê?
Porque precisa ter segurança para trabalhar.
Precisa ter segurança para continuar a exercer profissão de altíssimo risco, como a de ser policial e, além de tudo, ser um atirador de elite.
Busnello, ao que se diz, foi muito aplaudido, depois da ação, por moradores da região onde houve o assalto.
Não seria melhor que ele deixasse de ser aplaudido e continuasse totalmente desconhecido, mas em compensação continuasse com a segurança pessoal preservada para exercer sua profissão?
O que dizem os especialistas em segurança sobre essa exposição do atirador de elite da PM do Rio?