Consumidor paraense terá carne de carneiro até 2010

No AMAZÔNIA:

Em uma área onde um animal bovino é criado, 20 caprinos são capazes de gerar mais lucros, ggarante Joel Bitar, presidente da Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos do Pará (Accopa), que realiza até o próximo domingo a 43ª Feira de Ovinos e Caprinos do Pará, reunindo pequenos e médios criadores paraenses. Durante a feira, será realizada, às 19h de amanhã, o Ouvinorte, leilão de cerca de 150 ovinos da melhor linhagem.
Segundo Bitar, o Pará tem 280 mil cabeças de ovinos e 70 mil de caprinos, quantidade considerada por criadores e pecuaristas o suficiente para a demanda local, já que o negócio tem se tornado cada vez mais lucrativo. Até mais do que a criação de bovinos. 'É mais lucrativo criar. Porém, o ideal é a junção de raças, o que já vem acontecendo e tem fortalecido cada vez mais o mercado de caprinos e ovinos', diz o empresário.
Os caprinos criados no Pará, afirma Joel Bitar, não são destinados ao corte, mas exclusivamente à reprodução. Um reprodutor da raça, por exemplo, pode custar entre R$ 2 mil e R$ 10 mil. Porém, adianta Joel Bitar, até junho de 2010 o consumidor paraense vai encontrar carne de caprinos e ovinos nos supermercados, o que será viabilizado por meio de uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PA), a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) e a Accopa. 'A Emater e a Sagri vão fechar a cadeira produtiva com o objetivo de disponibilizar carne de carneiro para o consumidor', diz Bitar.
De acordo com o empresário, a Emater e a Sagri, unidas à Associação de Criadores de Ovinos e Caprinos, compraram ovinos com o intuito de formar pólos pecuários que vão atender cerca de 120 famílias carentes nas regiões de Parauapebas, São Francisco do Pará e Capanema. 'Essas famílias vão poder comercializar esses animais a preço de produção e multiplicar o mercado, além de ter como meta gerar emprego e renda', destaca Joel Bitar. Ele reitera a força do setor, afirmando que é preciso fazer mais rebanhos. Para isso, um projeto que vai funcionar na Escola Agrotécnica de Castanhal vai fazer o acompanhamento da criação de ovinos e caprinos até que eles sejam disponibilizados para o consumidor. 'A participação do pequeno produtor é muito importante para o fortalecimento do mercado local', pontua Bitar.