quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Suplicy precisa ser respeitado. E o PT?

O pessoal aqui da redação – não todos, mas a maioria -, se tivesse domicílio eleitoral de São Paulo, votaria em Eduardo Suplicy (PT).
Suplicy é um dos melhores quadros do PT.
É cordato.
É cortês.
É educado.
É um sujeito de paz.
Tem humildade.
Várias vezes, já pediu desculpas por seus erros. Publicamente.
Suplicy é um crente.
Acredita sinceramente naquilo que prega.
A gente nota isso claramente.
Sua ascendência, que remonta à mais alta burguesia de São Paulo – e do País – não lhe toldou, não lhe obscureceu a sensibilidade social, revelada por inteiro em toda a sua trajetória parlamentar.
Suplicy tem caráter.
Um bom caráter.
Suplicy é aquele “cara legal” com quem gostaríamos de sentar para levar um bom papo.
É uma injustiça medir o senador Suplicy apenas pela sua pouca fluência vocabular.
O Suplicy que fala é um Suplicy maçante.
Claro que é.
Inegavelmente, é.
E mais: Suplicy não é um super-homem.
Tem os seus defeitos.
Quem não os tem.
É preciso, porém, que se respeite o senador Suplicy.
Neste caso específico da crise do Senado – como em tantas outras situações -, ele tem demonstrado coerência.
Sempre defendeu o afastamento de Sarney.
Ontem, foi mais adiante: defendeu a renúncia do presidente da Casa.
Suplicy pode ter errado, ontem, na dose de teatralidade, ao distribuir cartões vermelhos como se fosse árbitro de futebol.
Mas Suplicy, mesmo assim, lavou a nossa alma.
Porque é isso mesmo o que queremos: Sarney fora da presidência do Senado.
É uma pena que, no próprio PT, um quadro como Eduardo Suplicy não seja considerado na devida dimensão de suas qualidades.
É uma pena que, em seu próprio partido, ele seja considerado um chato, um impertinente.
Talvez o seja porque, repita-se, porque é um crente e não abandona as suas ideias, os seus princípios, os seus sonhos.
Suplicy deveria ser mais respeitado em seu próprio partido.
Mas o próprio PT, para respeitar Suplicy, precisaria se dar o respeito.
Sobretudo nesta crise.
E, neste crise, o PT se respeita? Tem se respeitado?
Suplicy, com certeza, se respeita, ainda que não seja respeitado em seu próprio partido.
E o PT?

7 comentários:

  1. Ué... não entendi... O Sr. afirma que Suplicy se respeita (depois daquela cena deplorável, patética, chocante de ontem, eu não tenho mais dúvidas que aquele senhor está em avançado estado de senilidade... o que explica alguém achar que gestos tão afetados, tão artificiais, podem ser passíveis de alguma credibilidade? Até o cigano Igor faria melhor! Mas prossigamos). Mais abaixo, o Sr. destaca a indagação (coerente, sim, razoável, sim), do Sen. H. Fortes (intimamente ligado ao partido que também dirige a esfomeada mesa diretora do senado, ressalte-se).
    Uma postura séria (não teatral de quinta) não se veria obrigada a responder a tal indagação? Ou a pergunta do H. Fortes é descabida?
    Não me sinto de alma lavada com aquele gesto mais falso que uma nota de três reais não... Aquela encenação de ontem é apenas mais uma afigurar no panteão do desrespeito às nossas inteligências. Não sei que benefício traz à política, entrar na "vibe" da falsa catarse do "parlapatão". Enfim...
    Gostaria que ao menos, da próxima vez, se ele insistir em dar uma de árbitro, cumpra as regras da FIFA: se poste em frente, de frente ao jogador, e mostre o cartão, na cara do infrator. É mais digno.

    Fernando Bernardo de Souza Neto

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  2. O Suplicy é tudo isso? Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah, Ah,! Me poupe.

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  3. Olhem só de quem o Suplicy costuma apertar as mãos!
    Eles se merecem!!!!!!


    Da folha online

    O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), submeteu o senador Eduardo Suplicy (SP) a um constrangimento: negou-se a cumprimentá-lo.

    A descortesia ocorreu na noite passada, na solenidade de lançamento da candidatura do ex-senador José Eduardo Dutra à presidência do PT.

    Suplicy acabara de mostrar, da tribuna do Senado, o "cartão vermelho" a José Sarney. Instara-o a renunciar à presidência. Depois do discurso, foi ao encontro do petismo.

    Ao chegar, dirigiu-se à mesa. Pôs-se a cumprimentar os presentes: ministros, governadores e lideranças do partido.

    Recebeu a reciprocidade de todos, menos de Berzoini. O presidente do PT estava sentado. Suplicy achegou-se a ele pelas costas.

    Estendeu-lhe a mão, como fizera com os demais. E Berzoini deixou a os dedos de Suplicy pendurados no ar.

    Foi uma cena rápida. Passou despercebida pela audiência. Mas quem estava próximo testemunhou o mal-estar."

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  4. Fernando, bom dia!. A indagação de H. Fortes foi também teatral. Se autoproclamou, no momento, como o defensor da corja que assalta o planalto. Isso porque, da mesma forma teatral, Suplicy lhe desafiou a provar o que ele (Fortes) dizia, e ficou só no bate-boca. ambos foram muito, muito teatrais. A diferença está no que realmente ambos defendem,e a história pública dos dois responde essa indagaçlão.
    Um abraço

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  5. Tá corretíssima a sua apreciação, "seu" Espaço.
    É que as pessoas estão tão acostumadas com as incoerências e metamorfoses (por conveniência) do PT, que soa estranho quando um raro, raríssimo quadro digno e educado como Suplicy se arvora a cobrar decência dessa montanha de indecentes.
    Boa, Suplicy, mandou bem!
    Não lhe deixem respingar nem os perdigotos do babão Heráclito (nada de) Forte!

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  6. Prezado PB,

    Votar no Suplicy? Nem pensar!!!
    Depois, ele parece ter o raciocínio lento, como se estivesse sob o efeito de sedativos.

    Quanto ao cartão, ele parece ter despertado tarde para o problema que representa Sarney na Presidência do Senado. Ou, então, joga para a platéia, ou melhor, seu eleitorado.

    Para mim, Suplicy não cheira nem fede e, cá entre nós, já está um pouco crescidinho para bancar o bom moço com essas encenações baratas.

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  7. O Heráclito "Fraco" deveria tirar o ovo da boca quando fosse se pronunciar no senado...rs.

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