segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Retaliações e exoneração coletiva na Sefa

Começou a retaliação aos servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) que aderiram à paralisação iniciada no último sábado.

A retaliação, não; as retaliações.

Foram três.

Todas estão publicadas no Diário Oficial do Estado.

E com um detalhe: as portarias de Sua Excelência o titular da Sefa, o secretário José Raimundo Trindade, não estão disponíveis na versão on line do DOE.

Só constam da versão impressa.

Pelas portarias, três servidores que aderiram à greve foram punidos com remoção de Belém para o interior.

Antônio José Tavares Henriques, da Coordenação Executiva de Controle de Mercadorias em Trânsito, em Belém, foi despachado para a Coordenação Regional de Administração Tributária de Altamira.

Rivânia Raquel Mariano Porto, da Coordenação Executiva de Controle de Mercadorias em Trânsito, em Belém, agora vai ser lotada na Coordenação Regional de Administração Tributária de Breves.

Ione do Socorro Gonçalves Silva da Silva, da Célula de Planejamento, Monitoramento e Esudos Técnicos, em Belém, foi deslocada para a Coordenação Regional de Administração Tributária e Não Tributária de Castanhal.

E não é só.

No final da manhã desta segunda, seis chefes fazendários, em solidariedade à greve, renunciaram coletivamente.

Se considerado o afastamento voluntário do coordenador fazendário do Centro de Pesquisa e Análise Fiscal (que é a célula de inteligência da Sefa), Nuremberg Gonzaga de Sousa, que pediu exoneração na sexta-feira (28), subiu para sete o número de ocupantes de chefias que entregaram os cargos de confiança no staff da secretaria, em movimento semelhante ao deflagrado nacionalmente pelos auditores da Receita Federal, solidários à ex-secretária da RF Lina Vieira.

A seguir, a carta-renúncia:

 

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Senhor secretário,

 

Nós, abaixo assinados, servidores integrantes da carreira de Tributação, Arrecadação e Fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda, colocamos à disposição de vossa senhoria os cargos de chefia que ora exercemos neste órgão fazendário, em razão de havermos decidido aderir à paralisação da nossa categoria, que reivindica a justa e necessária valorização da nossa função pública.

Belém, 31 de agosto de 2009

 

Respeitosamente,

 

Carlos Alberto Rodrigues Junior – Coordenador Executivo Especial de Administração Tributária das Micro e Pequenas Empresas – CEEAT-MPE;

Paulo Rodrigues Veras – Gerente Fazendário de Fiscalização – CERAT/BELÉM;

Hedylamar Cristina de Castro Beckmann – Coordenadora Fazendária da Célula de Avaliação e Controle de Automação Fiscal – CAAF/DFI;

Altino Nascimento Sampaio – Gerente Fazendário CERAT/CASTANHAL

José Brito Braz Ramalho – Gerente Fazendário da UECOMT Curralinho;

Lia Soares de Melo – Gerente Fazendário da Divisão de Mercadorias Apreendidas - DIMA/CECOMT/BELÉM.

4 comentários:

  1. Este é o PT do outro lado do balcão.
    Se fosse outro governo, ELE (o PT) estaria com todas as bandeiras içadas gritando que era perseguição, retaliação, que os trabalhadores estavam sendo punidos por brigarem por seus direitos...
    O PT mostrou, com todas as letras, que é pior que os outros partidos, pelo menos os outros não são hipócritas e assumem que seus interesses estão acima do povo e não ficam pagando de defensores das minorias com ações assistencialistas que na realidade é apenas para conseguir votos da massa.
    Vá PT, sua teoria é: FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO.

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  2. Anônimo1/9/09 00:10

    Era só o que faltava!!!
    O PT recriou uma espécie de Gulag local - remove o servidor da capital para o interior só porque participou de uma greve.

    Só a Justiça brasileira deve decidir se a greve é legal ou abusiva; adotar medidas de retaliação contra quem aderiu à greve não combinam com um partido que diz, em seu nome e programa, defender os trabalhadores.

    Lamentavelmente, tais atitudes apenas contribuem para aumentar a confusão sobre o que representa a democracia para o partido e seus militantes.

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  3. Anônimo1/9/09 11:27

    É muito engraçado. Os fiscais fazem concurso para trabalhar em qualquer ponto do estado, mas querem ficar na capital. Recebem salários de R$ 20 mil para fazer luta política. A governadora Ana Júlia, quando passou no concurso do Bancod do Brasil foi lotada na agência de Itaituba, onde passou dois anos.

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  4. Anônimo1/9/09 15:48

    A governadora Ana Júlia tem uma história relâmpago como bancária.
    Pouco tempo ficou trabalhando, logo se engajou no sindicato dos bancários e daí pulou para a política partidária, até cair na poltrona estofada do gabinete do governo estadual...
    Não se está aqui levantando bandeiras de que funcionário tem que permanecer na capital. Estamos questionando a maneira arbitrária e sem planejamento, uma vez q uma transferência requer mudanças drásticas na vida das pessoas, incluindo moradia, filhos em período escolar em curso, marido ou esposa com trabalhos definidos...
    É um verdadeiro transtorno, você ter que virar sua vida de cabeça para baixo de uma hora para outra por simples retaliação, maldade e mesquinhez de quem se mostra baixo e pobre de espírito.

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