terça-feira, 4 de agosto de 2009

Professores protestam contra atraso e cortes nos salários

No AMAZÔNIA:

Dezenas de professores do ensino modular, que atuam em 95 municípios do Estado, protestaram na manhã de ontem em frente à sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Os profissionais invadiram o órgão com faixas e gritos de protestos e levaram suas reclamação diretamente ao gabinete da secretária de Estado de Educação, Iracy Gallo, que não os recebeu. Na pauta de reivindicação estavam o de atraso salarial - em alguns casos já ultrapassa três meses -, e a falta de pagamento das gratificações por deslocamento, retirada no em junho deste ano. A Seduc, através de uma comissão formada por coordenadores do ensino modular, recebeu a categoria para encaminhar a demanda à secretária. Segundo Ribamar de Oliveira, representante da secretaria na negociação, todos os salários atrasados, inclusive retroativos, serão pagos no final do mês de agosto. Quanto à ajuda de custo referente ao deslocamento, Ribamar afirmou que foi liberado o pagamento aos educadores, e que se não aconteceu, será necessário levantar onde o trâmite foi emperrado. As negociações continuam hoje, quando ocorre uma nova assembléia para definir os rumos do movimento.
O professor Téo Sanches, também membro da comissão formada pela Seduc, pede paciência aos professores. 'O governo não é só Seduc. Além disso, temos uma legislação que precisa ser cumprida. A questão da gratificação é conflituosa. Tivemos casos de educadores que não trabalharam nos meses de janeiro e fevereiro (período de férias escolares) e que, contudo, receberam suas gratificações. Se temos férias em julho, o sistema vai cumprir a legislação - uma vez que o professor não precisa estar na localidade', afirma.
Para Fábio Pinto, diretor da Associação de Professores do Sistema de Organização do Ensino Modular (Apsome) durante os meses de janeiro e fevereiro, os professores devem permanecer na localidade para acertar o planejamento do ano letivo e por isso a Seduc deve custear também este período.
Os representantes do governo alegam que qualquer assunto que cause impacto na folha de pagamento da atual gestão estadual devem ser tratadas pela junta governamental formada pelas secretarias de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), de Governo (Segov) e da Fazenda (Sefa).

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