No AMAZÔNIA:
O procurador do Estado Paulo de Tarso Dias Klautau Filho, de 43 anos, foi preso, ontem de madrugada, e autuado, em flagrante, por dirigir sob a influência de bebida alcoólica e, também, por desacato. A autuação ocorreu na Seccional do Comércio. Ele foi liberado após o pagamento de fiança. Uma filmagem registra o procurador ofendendo os policiais, já dentro daquela unidade da Polícia Civil.
Ao conduzir o advogado à seccional, o tenente PM Eberson Guimarães de Oliveira, lotado no 2º Batalhão da Polícia Militar, disse que a prisão ocorreu por volta de 1h30, na avenida Visconde de Souza Franco (Doca), entre as ruas Antônio Barreto e Diogo Moia, no bairro do Umarizal. Os policiais militares, que estavam acompanhados de agentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), abordaram o procurador Paulo de Tarso. Ele estava em seu carro, um Peugeot.
O tenente Guimarães, como ele é conhecido na corporação, perguntou se Paulo de Tarso concordaria em ser submetido ao teste do bafômetro. Ele consentiu. O teste indicou que o procurador estava sob a influência de bebida alcoólica. Por essa razão, o policial militar disse que teria que conduzi-lo à Seccional do Comércio, para que fosse feito o procedimento competente, uma vez que ele estava dirigindo alcoolizado.
A partir desse momento, e ainda conforme o tenente Guimarães, o procurador começou a falar palavras de baixo calão para o oficial PM e para os demais integrantes de sua guarnição, a de número 2250. 'Otário, filho da p...., babaca, vou acabar com vocês', disse Paulo de Tarso, ainda conforme o tenente e segundo as palavras que constam do Boletim de Ocorrência. Os policiais apresentaram o procurador na seccional e, lá, ainda segundo os militares, ele continuou adotando um comportamento ofensivo.
Em certo momento, invadiu a sala do delegado Sandro Rivelino, que estava de plantão, embora ainda não fosse o momento de apresentar sua versão. 'O primeiro depoimento tem que ser o meu', afirmou. Em outra ocasião, Paulo de Tarso começou a ofender o tenente Guimarães, a quem chamou de 'babaca'. Ele disse mais: 'Quanto tempo tu achas que vais durar me prendendo aqui? Sabes que vais ser advertido por isso? Tu és um babaca! Vais ficar sendo um babaca por mais 30 anos. Tu vais ficar gordo. Vais virar corrupto um dia, talvez. Tu vais ficar velho e vais ser segurança de gente que te paga. Tu é otário! Eu posso te chamar de otário e tu não. Tu sabias disso?'.
Aos policiais, e até para que tivesse um tratamento diferenciado, Paulo de Tarso também invocou sua condição de procurador do Estado. E também ameaçou um policial: 'Tu vai pegar muita porrada'. Ao falar isso, deu a entender que tinha habilidade para lutar. Ao delegado Sandro Rivelino, o procurador preferiu o silêncio. Ele disse que só falaria em juízo. Ou seja, quando o caso chegar à esfera judicial. A autoridade policial o autuou por dirigir sob ainfluência de bebida alcoólica - o artigo 306 Código de Trânsito Brasileiro - e desacato (artigo 331 do Código Penal Brasileiro).
Esse procurador envergonha a classe de advogados e também a dos servidores públicos pois, além dos crimes tipificados pelo delegado, o ilustre representante do estado também cometeu crime contra a administração pública, pois claro está o uso do seu título na função pública para se prevalecer e impedir a aplicação das medidas previstas em lei.Será que o Klatau Fº esqueceu-se do direito administrativo ou nunca o teria aprendido? E a OAB, que se pronunciou tão bem, no dia 11/08, em defesa do direito, da moral e dos bons costumes, como pode argumentar os celebres préstimos do infrator ao Estado do Pará, como forma de mascarar seu comportamento inadequado, vergonhoso e tacanho? Eta, Pará! Pará para onde?...
ResponderExcluirQuem nunca errou que atire a primeira pedra!!!! Acho que ele errou e se justificou pelo erro....Afinal de contas todos somos humanos portanto, falívei!!!!
ResponderExcluirIsso revela um fato sério: a arrogância de uma pessoa que se acha superior a outras.
ResponderExcluirEsse elemento é um prof. de Direitos Humanos e renega o sentido disso: que todos somos iguais. Enfim, ele renega tudo que ensina, é só teoria. O pior é que esse comportamento e palavras expressa seu mais profundo sentido, veio de dentro.
Casa Grande e Senzala.....
ResponderExcluirPrezado PB,
ResponderExcluirPode-se dar um desconto em benefício do Procurador Paulo de Tarso Klautau Filho - ele estava visivelmente embriagado (as imagens já estão no youtube), conforme ele próprio admitiu depois.
Mas o que questiono é o seguinte: não teria ele externado, livre das inibições decorrentes do consumo de álcool, o que, de fato, pensa a maioria da elite belemense?
Basta olhar como se comportam os meninos da classe média alta, mimados, no trânsito de Belém.
Experimente-se, como já fiz, chamar-lhes a atenção para o barulho que produzem ou para o local inadequado em que estacionaram, logo a soberba lhes assalta, agem como se não houvesse lei, como se as ruas fossem seu espaço privado, enfim, agem sem nenhuma consideração pelo outro ou pela comunidade que os cerca.
Espantamo-nos com o caso Klautau porque se trata de homem preparado, culto, bem situado socialmente, sem sombra de dúvida.
Mas o que externou na Delegacia não espelha o que pensa a elite dos que estão em uma situação social inferior, tal como ele fez com o policial-militar?
Lamentavelmente, me parece que sim. Os carros nas ruas evidenciam isto - e a todo momento.
A maior parte da elite paraense comporta-se de modo incivilizado e cruel, sem nenhum respeito pelo outro ou pela comunidade em que vive.
É cansativo lutar diariamente contra os filhinhos de papai que agem como se estivessem num mundo pós-apocalíptico, como se não houvesse regras a cumprir, como se a potente marca de seus carros fossem uma extensão de sua virilidade e poder indestrutíveis.
O caso Klautau - permita-me que o chame assim - teve, ao menos, o mérito de evidenciar o que eu já sabia - somos incivilizados, não achamos que a regra tenha valor intrínseco para a boa convivência social.
Vou mais longe: tenho nojo não do dr. Klautau, que deve estar sinceramente arrependido do que fez e deve, por isso, rever seus valores, mas de parte da elite belemense que, com seus carrões potentes, esparrama-se criminosamente pelas ruas de Belém, cometendo todo tipo de barbaridade com a cumplicidade dos poderes públicos.
Discordo.
ResponderExcluirA maioria dos motoristas são irresponsáveis e isso independente da classe social a que pertençam.
A situação agrava porque o poder público não dá efetividade às normas.
Todos têm obrigação de dirigir com respeito, observando as leis e se submetendo às autoridades, quando necessário.
Prova isso as informações oficiais divulgadas pela impresa, entre as quais quem mais se envolvem em acidentes graves são os motoristas de ônibus, que salvo engano não fazem parte da elite.
Isso, meu caro Anônimo das 20:49, vc diz porque não deve morar no Umarizal, mais precisamente na Doca, quando à noite os filhinhos de papai pintam e bordam sem nenhuma interferência das autoridades, ou seja, fazem filas duplas, triplas, com o som no mais alto volume, bebem no meio da rua, jogam garrafas e latas de cerveja na via pública (duvida? passe de manhã cedo na calçadão para ver com os próprios olhos!), urinam em qualquer canto, enfim, demonstram uma boçalidade que não vi, até hoje, em nenhum motorista de ônibus (aliás, os ônibus param de circular por volta da meia noite, hora em que esses incivilizados saem para as ruas).
ResponderExcluirQuando estamos tentando mergulhar no sono mais profundo, com a madrugada já alta, aparecem essas hordas de mimados e mal educados para perturbar nossa paz.
Não me diga, caro Anônimo, que um desses repazes é seu filho....