quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Preparo não é o problema

No AMAZÔNIA:

Contra o Icasa-CE ficou clara a queda de rendimento do time do Paysandu na segunda etapa. Falta de preparo físico? Não. Essa é a resposta do preparador Maurício Matos. Para ele, a parte física do elenco está em dia. 'A não ser pelo meia-atacante Vélber, que ainda sofre por conta da parada causada pela cirurgia sofrida ainda durante o Paraense, o restante do grupo está bem de condicionamento', garantiu Matos.
Para o profissional, o cansaço no segundo tempo da partida decorreu da parte psicológica e, principalmente, da ansiedade e do grande número de passes errados da equipe. Para Matos, existe uma injustiça quando se fala que falta fôlego à equipe bicolor. 'O Paysandu não tem uma queda física, tem uma queda de rendimento. E não somos só nós. A maioria das equipes pode passar por um problema desses', afirmou.
'Contra o Icasa o que houve foi um número enorme de passes errados, que foram causados pela ansiedade do time que queria definir o jogo de qualquer jeito. O Torrô, por exemplo, é um jogador muito forte fisicamente. Não tem problema nenhum nesse sentido. Mas não foi feliz nas finalizações e, por conta desse nervosismo, perdeu gols que não costuma perder, avaliou o preparador físico do Papão.
O ato de recuar quando se estava vencendo, segundo Maurício Matos, também contribuiu para um aumento do desgaste dos atletas no final da partida. 'A parte psicológica bate uma hora e, instintivamente, os jogadores vêm para trás, abrem campo para o adversário e passam a correr mais sem bola que com bola, tendo um desgaste maior.'
Outro argumento do treinador é relativo às substituições ocorridas logo no início do segundo tempo. 'O ideal em uma partida decisiva é deixar as substituições para os últimos minutos, exatamente para manter o ritmo do time até o final. Mas naquele jogo, infelizmente, o Valtinho teve que tirar o Jucemar e o Dadá logo no começo do segundo tempo e isso quebrou o nosso planejamento', justificou.
Já a alta temperatura no horário do jogo foi descartada pelo fisicultor como um dos fatores que prejudicou o desempenho do time. 'Nosso time está acostumado a treinar no horário do jogo. Por isso, não acredito que a temperatura elevada tenha influenciado nessa queda de rendimento. De qualquer forma, no domingo que vem, a partida será às 18h30 e a temperatura deverá ser bem mais amena', ponderou.

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