sábado, 1 de agosto de 2009

Licença garante 300 vagas em fábrica

No AMAZÔNIA:

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) liberou esta semana a licença de instalação da fábrica de fibra de madeiras, utilizada para fabricação de móveis, que está sendo implantada no município de Paragominas, com previsão de começar a produção a partir de março de 2010. O atraso na tramitação do processo ambiental de instalação da fábrica na Sema forçou a diretoria da empresa a colocar 300 funcionários das serrarias do grupo em aviso prévio no meio de julho. Com a liberação da licença, anunciada na terça-feira passada, o gerente ambiental do grupo Concrem, Hudson Guimarães, assegura que todos os trabalhadores que seriam demitidos serão mantidos.
O gerente explica que a liberação da LI deveria ter sido feita no início de julho, mas ele admite que o atraso foi generalizado e que a Sema já começou a desentravar os processos que estavam emperrados no órgão, desde que criou o grupo de técnicos ambientais específico para analisar as ações pendentes na secretaria.
Segundo Hudson Guimarães, o grupo Concrem já havia recebido a Licença Prévia (LP) em janeiro deste ano, que permitiu o começo da construção da fábrica e ficou aguardando a licença de instalação que deveria ter sido concedida em 120 dias. Com o atraso, a matéria-prima para a produção do material, denominado de placa de fibra de madeira de média densidade (MDF), ficou escassa, já que nem os projetos de manejo estavam sendo apreciados no período normal nem o processo de pedido da licença. 'Agora já voltamos à normalidade', afirma o gerente ambiental.
De acordo com o diretor industrial do grupo, Vitório Sufredini, a previsão é que em março a produção de MDF comece a funcionar com estimativa de oferta de 700 empregos diretos, levando em consideração as fases de plantio, colheita, produção e transporte e outros 2 mil indiretos, tornando-se a primeira fábrica do produto na região Norte e que deverá fornecer o MDF também para abastecer o mercado nordestino.
Atualmente, explica Sufredini, o MDF utilizado nas empresas de móveis paraenses é fornecido de fábricas dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde há grande produção de eucalipto e pinheiros. A fábrica de Paragominas vai utilizar, além do eucalipto, madeira de paricá. A estimativa do mercado local é que vai baratear o custo das empresas locais de fabricação de móveis, já que o frete se tornará bem mais baixo.
O plano de manejo para a produção do MDF em Paragominas, segundo Sufredini, aproveita toda a árvore, desde os galhos até o tronco, usando 100% da madeira. Toda a produção deverá utilizar madeira reflorestada.

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