sexta-feira, 3 de julho de 2009

Servidor protesta

No AMAZÔNIA:

No 16º dia de greve, servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) se reuniram em frente ao prédio da gerência executiva do órgão, na avenida Nazaré, para protestar contra o aumento da carga horária e por melhores condições de trabalho. A manifestação começou por volta das 9 horas. No final da manhã, os trabalhadores entraram na sede do INSS. Munidos de placas com pedidos de realização de concursos, melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações, os grevistas chamavam a atenção do público e dos que não aderiram à paralisação. Dois bonecos em tamanho real, um representando José Pimentel, ministro da Previdência Social, e outro representando André Fidélis, gerente regional do INSS em Brasília, também foram utilizados pelos manifestantes para protestar.
Desde o dia 16 de junho, 70% dos 800 servidores da Previdência no Estado cruzaram os braços, aderindo à greve nacional da categoria, que atingiu outros 15 Estados mais o Distrito Federal. Antonio Maués, diretor do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Previdência, Saúde, Trabalho e Assistência Social do Estado do Pará (Sintprevs/PA), explica que os servidores não estão reivindicando reajuste salarial.
O motivo da paralisação é o repúdio ao aumento da jornada de trabalho de 6 horas para 8 horas por dia (30 para 40 horas semanais), estabelecido por meio da Resolução 65, que começou a vigorar no dia 1º de junho deste ano.
'O governo faz isso para compensar a falta de trabalhadores nas agências do INSS', disse Maués. Segundo o presidente do Sintprevs, atualmente o INSS conta com 800 servidores no Estado. Na década de 1990 esse número era de 3 mil. O sindicato nacional da categoria acredita, ainda, que nos próximos dois anos, 10 mil servidores devem se aposentar em todo o País.
'Além disso, 40% dos últimos concursados que entraram no órgão já saíram para exercer uma atividade em outro lugar', garante Maués. Além da manutenção da carga horária, os grevistas paraenses pedem que todos os aprovados no último certame, realizado em 2008, sejam chamados imediatamente. Também exigem o aumento no número de gerências e agências; e que as gratificações sejam incorporadas no vencimento básico. 'As gratificações representam 70% do nosso salário. Acontece que no momento que nós nos aposentamos, só levamos 50% dessas gratificações. Se elas forem incorporadas nos vencimentos básicos, levaremos todo o volume', disse Maués. Ele garante que, até agora, o governo não se posicionou sobre o assunto. Por esse motivo, a greve não tem data para terminar.

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