Lê ganha moral no Paysandu

No AMAZÔNIA:

Considerado o principal jogador do time na suada vitória sobre o Águia, o volante Lê, de 28 anos, espera dar sequência ao bom momento que vive na Curuzu, depois de ter enfrentar uma verdadeira turbulência desde que aceitou a proposta para trocar o próprio Águia pelo Paysandu. O meio-campista, porém, não cobra a titularidade. 'A decisão de escalar é o treinador', diz. 'Agora, é claro que continuar jogando será importante para que eu possa ganhar ritmo', observa. O fato de ter voltado a exibir o bom futebol da época em que estava no time do sul do Pará, segundo o atleta, está relacionado ao moral que ganhou do treinador Válter Lima.
'Ele conversou algum tempo comigo e nesse bate-papo me passou confiança', conta Lê. O jogador também passou a jogar da maneira que mais gosta, um pouco mais à frente, auxiliando os meias da equipe. 'Na conversa que tive com o ‘professor’ (treinador), falei que não conseguia produzir bem ali atrás, como era na época do (Édson) Gaúcho (ex-treinador do time). Ele me deu liberdade para fazer a função de primeiro volante. Por isso tive um desempenho bem melhor que nas partidas anteriores', conta.
Na opinião do volante, o Papão tem tudo para quebrar o tabu de não vencer fora de casa em Brasileiro há quase três anos. 'Acho que é o momento certo. O grupo está motivado em função da vitória de domingo e bastante unido', avalia. Segundo Lê, o time bicolor tem de entrar em campo domingo, na 'Arena da Floresta', com um só pensamento: vencer. 'Não podemos enfrentar o Rio Branco pensando só no empate. O grupo tem de ser mais ousado e buscar o tempo todo os três pontos', argumenta.
O adversário acreano traz boas recordações ao volante. 'No ano passado quando eu jogava no Águia conseguimos acabar com a invencibilidade do Rio Branco, que há 22 jogos não perdia em casa', recorda. 'Espero que agora o Paysandu também acabe com essa sina de não vencer fora', sonha. O Papão, conforme lembra Lê, esteve bem perto de acabar com a sina no jogo contra o Luverdense, em Lucas do Rio Verde. 'Infelizmente o grupo deu moleza e acabou permitindo a virada do adversário. Aquela partida pode ter servido de lição para a nossa equipe', diz.
A vitória sobre o Rio Branco é de vital importância para a classificação do Papão à segunda fase da Série C do Brasileiro. 'O resultado ainda não nos garante a vaga, mas vai deixar nosso time bem perto dela', salienta o meio-campista, que deve permanecer como titular, embora o time só vá ser definido no apronto de sexta-feira, na Curuzu.