quarta-feira, 3 de junho de 2009

Matadouros são interditados

No AMAZÔNIA:

Nove matadouros foram interditados durante operação conjunta entre cinco órgãos nos municípios de Abaetetuba, Igarapé Miri, Mocajuba, Baião e Mojuú. Segundo técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), foram constatadas irregularidades diversas nos estabelecimentos, incluindo falta de higiene, carcaças de animais expostas ao ar livre e jogadas nos rios, falta de inspeção municipal, entre outras. Os matadores são particulares e também públicos. Entretanto, mesmo no caso de matadores considerados públicos, não existia fiscalização do poder municipal. Segundo a Adepará, são abatidos entre 480 e 500 mil animais clandestinamente por ano no Estado do Pará.
O fechamento de nove matadouros poderá causar problemas ao abastecimento local, mas a comissão de investigação garante que existem outros, habilitados para funcionamento, que poderão ser recorridos na falta daqueles que foram interditados. A preocupação maior da investigação era garantir a saúde da população, já que a carne vendida pelos abatedouros em questão não recebia os devidos cuidados de abate para ser repassada aos consumidores. Na manhã de ontem, representantes da operação divulgaram os dados e fotos colhidas durante as inspeções em diversos municípios, que ocorreram na semana passada e contaram com trabalho de representantes da Adepará, Ministério Público (MP), Polícia Civil, Polícia Militar e Procon.
Segundo o diretor técnico da Adepará, Sandro Lamanski, a inspeção foi feita a partir de diversas denúncias sobre o abate clandestino de animais. 'Após constatar as irregularidades, o principal a fazer é resguardar e priorizar a saúde da população. Nem que para isso os marchantes precisem comprar carnes de outros abatedouros', disse o diretor da Adepará. Segundo ele, abatedouros localizados em Belém, Castanhal e Santa Izabel, por exemplo, são alternativas viáveis e seguras. Na próxima semana, será realizada uma reunião com representantes dos municípios envolvidos, MP, e Adepará, para discutir a questão.

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