No AMAZÔNIA:
Pela segunda vez em menos de dez dias, uma loja localizada dentro do Aeroporto Internacional de Belém foi invadida. Desta vez, nada foi furtado, ao contrário do que ocorreu no dia 19 deste mês, quando um notebook foi subtraído do interior da loja Intranorth.
Na noite de ontem, o alarme do local disparou e o invasor não teve tempo de furtar nada. Nas duas situações, o acusado entrou pelo forro do estabelecimento. O proprietário da Intranorth, Guiler Oliveira Garcia, afirmou que o acesso ao forro só pode ser feito por uma área do Aeroporto Internacional, que é restrita, ou seja, somente funcionários ou pessoas credenciadas têm acesso.
No dia 19, quando Guiler chegou ao local, notou que uma parte do forro estava aberta, e um notebook tinha desaparecido. A superintendência da Infraero foi avisada e também foi registrado um Boletim de Ocorrência Policial (BOP).
'Na época, através de documento, nós solicitamos que as providências fossem tomadas, como a identificação dos funcionários e prestadores de serviços que trabalharam na noite do fato e o fornecimento de imagens das câmeras de segurança', disse. Entretanto, segundo ele, nada disso foi feito e, a princípio, não havia registro de câmeras.
Na madrugada de ontem, por volta das 3 horas, o alarme da loja disparou, mas quando o local foi vistoriado, não havia nada de anormal.
Já durante a noite, em torno de 20h30, o alarme voltou a disparar e uma filha de Guiler, que chegava ao local, acionou os seguranças do aeroporto, constatando que parte do forro havia sido retirada novamente.
'Minha filha chegou à loja menos de cinco minutos depois que o alarme disparou. Ainda daria tempo de ir lá por trás, pela área de acesso restrito, para flagrar a pessoa saindo do forro, mas nada disso foi feito', disse Guiler. A loja, onde são ministrados treinamentos de software, tem diversas máquinas, como computadores e notebooks. 'Agora eu tenho levado os notebooks para casa, pois não confio mais de deixá-los aqui', afirmou o proprietário. Ele disse ainda que outros casos de furtos já ocorreram no aeroporto, mas a Infraero não divulga.
O chefe de segurança do aeroporto, que se identificou apenas como Augusto, disse que não poderia fornecer informações, e a assessoria de imprensa não foi localizada para falar sobre o assunto.
É uma regra elementar nos casos de invasão não violenta de um estabelecimento: se deu certo, o ladrão vai voltar. Isso sempre acontece. Eu mesmo fui vítima de algo assim, de modo que sei do assunto por experiência própria, inclusive.
ResponderExcluirNa primeira vez, o sujeito testa a ação, para ver se é segura e eficiente. Então examina o que está disponível para um novo ataque. Faz suas escolhas e volta.
Para a sorte do proprietário dessa loja, o ladrão era um idiota, pois deixou o pedaço do forro mal posicionado, revelando o seu modus operandi e, pior, dando a pista de que a coisa é serviço interno. Se tivesse recomposto o forro, talvez estivessem até hoje tentando entender o que houve.
Espero que encontrem o safado. Aliás, os safados.