sábado, 23 de maio de 2009

Professores da rede pública continuam greve

No AMAZÔNIA:

A greve dos professores da rede estadual de ensino vai continuar. Reunidos em assembleia geral, ontem pela manhã, a categoria decidiu manter a paralisação, alegando que a contraproposta apresentada pela secretária de Educação Iracy Gallo na quarta-feira, 20, não apresentou avanços.
Até agora, segundo cálculos do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) 64 municípios aderiram ao movimento e 80% das escolas da Região Metropolitana de Belém, onde está concentrada a maior parte das escolas públicas estaduais.
A assembleia ocorreu no ginásio da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e contou com o apoio de um grupo de estudantes da Escola Estadual Albanízia Oliveira Lima.
Os trabalhadores da educação estadual amargam perdas salariais de 68% do período de 1995 a 2008. Eles exigem que o governo reponha pelo menos 30% das perdas para todas as categorias. Em contrapartida, o governo oferece 12,05% para a categoria operacional (nível fundamental); 9,93% para os professores nível médio e entre 6 e 7,5% para o nível superior.
Na segunda-feira, 25, às 9 horas, a comissão de negociação dos grevistas voltará a sentar com os representantes da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), enquanto a categoria realizará um ato público em frente ao prédio da instituição. Após a audiência, professores se reuniram novamente em assembleia geral para definir se mantêm ou se encerram a greve. 'Só haverá possibilidade de encerrar a greve se o governo aceitar a nossa proposta de aumentar o abono Fundeb', avisa um dos coordenadores do Sintepp, Jair Pena.
De acordo com outra coordenadora do Sintepp, Conceição Holanda, o acréscimo do abono Fundeb apresentado pelo Sintepp à Seduc elevaria de 9,3% os gastos atuais dos recursos do fundo para 9,5%, mas foi rechaçado pelo governo. Em valores, o abono representa mensalmente entre R$ 100 e R$ 140 para os professores do nível médio e entre R$ 126 e R$ 200 para o nível superior.
A coordenadora também ressalta que o salário-base está defasado em relação ao reajuste do salário mínimo concedido em abril pelo governo federal, mas a Seduc ainda mantém a base do nível fundamental e médio em R$ 430 e a base salarial do nível superior em R$ 433, ignorando o reajuste determinado pelo governo federal, uma postura inconstitucional.
Os coordenadores do Sintepp asseguram que a reposição das aulas serão garantidas pelos professores após o término da greve, mas a tendência do movimento com a postura do governo em não ceder é de crescimento.

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