sábado, 2 de maio de 2009

Médico mastologista alerta sobre risco da terapia hormonal

No AMAZÔNIA:

A terapia hormonal aumenta o risco de câncer de mama, por isso não deve ser indicada para todas as mulheres que estão na menopausa. Essa foi uma das afirmações feitas pelo mastologista paulista Carlos Alberto Ruiz, durante a conferência que fez, na tarde de ontem, no V Congresso Norte de Ginecologia e Obstetrícia. Na palestra intitulada 'Manejo do paciente de risco para câncer de mama', ele recomendou 'parcimônia' na indicação da terapia às pacientes. 'É preciso também que os médicos falem para as pacientes que a terapia hormonal aumenta o risco de câncer para que elas fiquem cientes das consequências', disse Ruiz.
O mastologista explicou que há casos em que os sintomas causam tanto incômodo nas mulheres, que chegam a comprometer a sua produtividade e qualidade de vida, o que faz com que elas solicitem a terapia hormonal, mesmo elas não preenchendo os requisitos para a indicação do tratamento. 'Falar a verdade sobre os riscos é também uma forma de dividir com as mulheres a responsabilidade pelas consequências do tratamento', disse, acrescentando que a terapia é proibitiva para quem já teve algum tipo de câncer.
O V Congresso Norte de Ginecologia e Obstetrícia está reunindo cerca de 450 pessoas, entre médicos e estudantes. O evento é uma realização da Associação Paraense de Ginecologia e Obstetrícia (APGO) e trouxe para Belém profissionais dos estados do Tocantins, Roraima, Maranhão, Amazônas e Acre, além dos paraenses, que permanecerão participando de palestras até hoje, 2, no Hangar Centro de Convenções. O tema deste ano está sendo 'Parto normal e mortalidade materno-infantil'.
De acordo com a ginecologista Luíza Renata Bentes o objetivo principal do congresso é discutir o tema, estimulando a realização de partos normais. Segundo a médica, a taxa de partos cesáreos é muito alta no Brasil. Na rede privada de saúde, por exemplo, 90% dos partos realizados são cesáreos e na pública fica em torno de 40%. A meta do Sistema Único de Saúde é baixar para 25% esse percentual, o que ainda ficaria bem acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 13%.

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