No AMAZÔNIA:
Várias entidades de direitos humanos manifestaram, ontem à tarde, indignação e repúdio pela revogação da prisão preventiva do ex-deputado estadual, Luiz Sefer. A manifestação foi feita durante entrevista coletiva à imprensa, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Norte 2.
Para a advogada Mary Cohen, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Pará, não há como não se indignar com a decisão judicial. 'O Tribunal de Justiça do Estado do Pará perdeu a grande chance de mostrar que está ao lado da sociedade ao frustrar a possibilidade de quebra do paradigma da impunidade. Essas ações de combate a violência sexual contra crianças e adolescentes refletem o empenho de vários órgãos que querem mudar esse cenário cruel contra a criança e o adolescente. Por isso, não dá para não se indignar', destacou.
No entanto, a advogada fez questão de ressaltar que as entidades irão permanecer unidas e firmes na luta para que os abusadores de crianças e adolescentes sejam punidos pela Justiça. 'Nós não vamos parar, não vamos desanimar, enquanto o TJE estiver na contramão do combate ao abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes', disse.
A Irmã Henriqueta Cavalcante, da Comissão de Justiça e Paz da CNBB Norte 2, disse que a hora é de alimentar a esperança da sociedade. 'Nós, que temos acompanhado, incansavelmente, esses casos, sabemos o quanto a sociedade paraense espera por justiça. Por isso, acredito que essa é a hora de alimentarmos a esperança do povo porque nós não vamos deixar que esses criminosos fiquem impunes.'
Por que esse pessoal no lugar de pressionar o tribunal não pressiona o legislador a implantar as regras que eles entendem cabíveis? Não é assim que se faz um regime democrático.
ResponderExcluirTribunal que se deixa pressionar não é Justiça e sim arremedo, mas não acredito que seja o caso paraense.