Duciomar se pronuncia sobre CPI

No AMAZÔNIA:

Na mira da CPI da Saúde, o prefeito de Belém, Duciomar Costa, se defendeu das acusações durante a abertura do Fórum Municipal de Saúde, criticou a falta de assistência aos demais municípios e disse que se o 'deixassem governar Belém, daria conta do recado'.
'A saúde sempre foi um problema crônico em Belém, o que está acontecendo agora é uma sobrecarga por causa da falta de atendimento dos municípios, em função de algumas políticas que não foram feitas no Estado como todo. Não estou aqui apontando dedo para ninguém, buscando culpados, só que se me deixassem governar Belém, eu tenho certeza que daria conta do recado', afirmou Duciomar.
No encontro, ele citou a má distribuição de guias de internação e os cortes feitos nas políticas dos municípios como fatores que têm contribuído para os problemas que ocorrem na capital. E criticou aquilo que classificou como a política das ambulâncias.
'Os outros municípios estão em situação desesperadora. Ora, o que eles fazem hoje? Só compram ambulância e mandam pra Belém. Mas ninguém procura entender isso, lá tem pacientes com aids, câncer, transformando o pronto-socorro em hospital comum. Não adianta entender que o Pronto-Socorro é a solução para saúde do Pará, quem pensa assim está pensando politicamente', afirmou.
O prefeito disse, porém, que não pretende interferir no rumo das investigações da CPI da Câmara. 'Eu entendo que a CPI é um assunto do Legislativo. Sou do executivo, não cabe a mim tecer comentários sobre assunto', respondeu. Para ele, as CPI’s no Brasil só têm sido usadas com fins eleitoreiros.
Em conversa com a imprensa, o prefeito chegou a dizer que 'tirou o Pronto-Socorro do caos', mas depois admitiu que faltam investimentos e condições de trabalho para os profissionais da saúde. 'Chega ser desumano as condições de trabalho dos profissionais de saúde. Mas este é um conjunto de fatores que apontam a responsabilidade para todo mundo. Estamos tomando providências dentro daquilo que nos compete, mas temos limites orçamentários. Enquanto, a saúde deveria consumir 15%, hoje, consome 24%, e isso inviabiliza qualquer município', afirmou o prefeito, alegando que, ainda assim, manteve o cronograma de investimentos na área.
Desvio - Sobre a denúncia que tramita na Justiça Federal, e que também embasa o pedido de CPI, com suspeitas de que houve desvio de R$ 3 milhões em equipamentos nas unidades da saúde, Duciomar foi evasivo.