sábado, 25 de abril de 2009

Sindicato dá ultimato

No AMAZÔNIA:

Professores, servidores e técnicos da rede estadual de ensino paralisaram as atividades durante 24 horas e se concentraram diante do Palácio dos Despachos, na rodovia Augusto Montenegro, à manhã de ontem, para reivindicar melhorias na remuneração e nas condições de trabalho ao governo do Estado. As principais exigências são o reajuste de 30% em relação ao salário base da categoria, atualmente fixado em R$ 430 para cada 100 horas de trabalho, e a extensão do auxílio-alimentação a todos os servidores de educação pública. O governo, no entanto, não arredou pé da decisão de reajustes que apenas adequem o salário base ao novo salário mínimo, entre 6% e 12%, o que gerou revolta entre professores e sindicalistas. O Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) marcou uma audiência para o 6 de maio, às 9h, na sede da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), em Belém para dar um ultimato e exigir do Estado o cumprimento da proposta. Caso contrário, uma greve se iniciará na rede estadual de ensino em todo o Pará.
A ação promovida pelo Sintepp em Belém também transcorreu em vários municípios do interior, como Igarapé-Açu, Barcarena e Tailândia, e faz parte de uma mobilização da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em todo o Brasil por melhorias nas condições de trabalho de profissionais da área de educação. Por volta de 9h, os manifestantes começaram a se reunir na Augusto Montenegro. Eles levaram um carro-som para a frente do Palácio dos Despachos, convocaram a presença da governadora Ana Júlia Carepa e, uma hora depois, já haviam conseguido bloquear a pista no sentido Icoaraci-Entroncamento, o que atrapalhou o tráfego de veículos naquele trecho.
Cerca de dez agentes vinculados à 8ª Zona de Policiamento (Zpol) da Polícia Militar fizeram a segurança no local, mas não houve tumulto. Os professores e funcionários concentraram esforços em convocar populares para o local, empunhando faixas com os dizeres 'Não vamos pagar pela crise' e 'Reajuste de 30% ou greve' e discutindo argumentos junto a entidades de classe como o Sintepp e o Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) no Pará.
O argumento deles é de que o governo do Estado não estaria cumprindo o estabelecido para salários da categoria desde a aprovação da Lei 11.738 no Senado Federal, que prevê um piso nacional de R$ 950 por 100 horas. Considerando os reajustes de 2009, o valor, inclusive, teria subido para R$ 1.132, mas a situação no Estado está bem abaixo das expectativas.

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