domingo, 26 de abril de 2009

O maestro está no banco de reservas

No AMAZÔNIA:

Wálter Lima é a pedra no sapato de Artur Oliveira. E não é só porque o Remo esbarrou no São Raimundo quatro vezes no Parazão. O técnico da Pantera Negra incomoda porque já conseguiu o que o comandante do Leão tenta desde que assumiu a equipe: montar um time coerente.
Esse é o recurso de Válter Lima para chegar à final do Estadual. O treinador segue o estilo perfeccionista. Não daqueles que chegam ao clube e exigem isso e aquilo para fazer o trabalho. Válter reconhece o terreno e faz o que pode. Às vezes dá certo, às vezes não. Na decisão do segundo turno, é arriscado sair vitorioso.
O São Raimundo é, sem dúvida, o time mais bem arrumado do Parazão. Chega a ser estranho ver uma equipe pequena com um toque de bola tão refinado. Por isso terminou o primeiro turno em segundo lugar na tabela. No returno, é, por enquanto, o melhor time.
E isso tem o dedo de Válter Lima, um técnico cuidadoso ao extremo, completamente avesso às polêmicas e tão calmo que parece estar sempre mal humorado. Mesmo assim, graças ao Remo, o treinador tornou-se pivô de um embate político. Quando o time azulino ficou sem técnico, uns dirigentes o queriam, outros recusaram. E começou a disputa.
Contratar o treinador da Pantera teria duas utilidades. A primeira, desestruturar o São Raimundo. A segunda, contratar um técnico desvalorizado no mercado, mas competente para tirar o Leão do sufoco. Ou seja, pelo menos para os azulinos, a qualidade de Válter Lima é comprovada.
A partida contra o Remo é praticamente a prova dos nove. Se vencer, o técnico classifica o São Raimundo para a Série D e confirma o que alguns colaboradores azulinos pensavam. Se desperdiçar a chance de eliminar o Leão, revelará suas fraquezas e as da equipe pela primeira na temporada.

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