Jordy esclarece divergências com Domingos Juvenil

As divergências entre o deputado Domingos Juvenil (PMDB) e o deputado Arnaldo Jordy (PPS), na sessão da Assembléia Legislativa de 22 de abril - alvo de nota publicada na edição de 23.04 da coluna Repórter Diário, do Diário do Pará - carecem de esclarecimentos.
O deputado Arnaldo Jordy apresentou requerimento relatando a denúncia da promotora da Justiça Agrária de Castanhal, dra. Ana Maria Magalhães de Carvalho, sobre a ilegalidade, a arbitrariedade e a violência com que mais de 100 famílias foram desalojadas do lote urbano conhecido como "Portelinha", em Castanhal, em ação de interesse da Procuradoria Geral do Estado.
No debate, o deputado Jordy manifestou sua preocupação com as ações que envolvem as ocupações, citando também como exemplo o caso preocupante de Xinguara, em áreas de pretensa propriedade do vastíssimo feudo que hoje a Agropecuária Santa Bárbara detém no sudeste do Estado. A Agropecuária Santa Bárbara, como todos sabem, é o braço rural do Opportunity, do empresário Daniel Dantas, investigado por lavagem de dinheiro, evasão fiscal, tráfico de influência, entre outros delitos graves, defendendo a busca da legalidade e da justiça para todos.
A citação de Daniel Dantas naquele momento servia como reforço para a defesa dos princípios republicanos e direitos civis, individuais e coletivos, fundamentais para a democracia e a justiça social - uma ótica sempre atual - posição claramente expressa pelo deputado Jordy, inclusive em requerimento recentíssimo, de fevereiro passado e aprovado pelo Plenário, onde, apoiando ação da Procuradoria Geral do Estado - que acabara de questionar a compra de duas das fazendas do grupo empresarial Santa Bárbara por indicar ilegalidade nos procedimentos - requeria a manifestação do Incra, do Ibama sobre os possíveis ilícitos.
O deputado Jordy, ao arrepio do que foi divulgado, manifestou sua confiança na ação da Justiça, respeitados todos os direitos e não os de alguns.
Ao encerrar seu pronunciamento, o deputado foi surpreendido pelo comentário do presidente, feito da mesa e audível por todos, insinuando que as declarações ali apresentadas eram um desrespeito à propriedade e um incitamento à rebelião.
Protestando pela forma desrespeitosa e anti-regimental pela qual o presidente se manifestava, o deputado teve o som do seu microfone cortado e a Sessão foi suspensa.
Foram estes os fatos e para seu melhor juízo, anexamos cópia do requerimento apresentado na Sessão em questão.

Fonte: Assessoria Parlamentar