No AMAZÔNIA:
Uma operação policial desocupou na manhã de ontem o canteiro de obras das eclusas da hidroelétrica de Tucuruí, no Pará, que estava sendo ocupado por invasores integrantes de movimentos sociais. Cerca de 100 policiais civis e militares, no cumprimento da ação de flagrante delito, impediram a continuidade da manifestação, uma vez que a área ocupada pelo grupo é de preservação ambiental e de segurança nacional. Não houve feridos, porém 16 pessoas foram presas, dez delas seguiram de carro para Belém. Outros seis integrantes ficaram detidos em Tucuruí, sendo encaminhados para uma das delegacias local.
O grupo de invasores deixou o município de Tucuruí às 10 horas da manhã, chegando à capital paraense por volta das 16 horas, sendo imediatamente levados para a DRCO (Divisão de Repressão Contra o Crime Organizado). Entre os objetos apreendidos estavam barras de ferro, rádios de comunicação, granadas caseiras, escudos de madeira, aparelhos celulares, machados, fogos de artifício, estiletes, documentos e um computador. Segundo o promotor de justiça José Augusto Sarmento, foram conduzidos para Belém apenas os líderes do movimento, dentre os quais havia uma mulher. Uma das vítimas também foi trazida para prestar depoimento, porém foi orientada pelos advogados da empresa terceirizada da Eletronorte, Camargo Correia, a não conversar com a imprensa.
Os militantes ficarão detidos na DRCO até que o inquérito seja aberto e remetido à Justiça. 'O Ministério Público está acompanhando a situação, e o governo do Estado cumpriu com tudo aquilo que lhe competia. Essas pessoas poderão ser enquadradas nos crimes de formação de quadrilha, incitação, sabotagem, extorsão, dano qualificado, dano contra o patrimônio público, paralisação de serviço e outros', revela Sarmento. Para o promotor, a confirmação dos delitos depende da avaliação do delegado geral, Raimundo Benassuly.
Aproximadamente 350 manifestantes invadiram o local na última sexta-feira, expulsando os operários que trabalhavam no momento da ocupação. O grupo era integrado por membros do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Via Campesina, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MAB) e das associações de pescadores local. Após a desocupação, os manifestantes pretendiam organizar uma reunião para discutir as próximas ações.
Os militantes alegam que nem todas as famílias foram beneficiadas com as indenizações por parte da Eletronorte e reivindicavam uma negociação entre a empresa e os moradores que tiveram de sair de suas terras por causa da construção das barragens. Os manifestantes pedem também punição aos envolvidos nos assassinatos de sindicalistas na região. Segundo informações da assessoria de imprensa da Eletronorte, não existem indenizações em atraso. No site da empresa consta a informação de que, na área urbana, dos 362 processos, 270 já estão pagos, 49 negociados e 43 estão em fase de negociação. A empresa declara ainda que, as indenizações da área rural já foram todas pagas. As obras das eclusas visam a devolver a navegabilidade ao Rio Tocantins.
Esta que deveria ser a velocidade empregada contra este pessoal que invade as propriedade dos outros. Se o Governo atuasse assim sempre não teriam os problemas que tem hoje.
ResponderExcluirExistem muitas pendencias da Eletronorte com a população de Tucuruí, além de usar a Policia para resolver o problema da ocupação, a Governadora deveria também fazer um esforço para o entendimento entre os dois lados. Sem isso certamente os conflitos continuarão passíveis de repetirem-se.
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