sábado, 25 de abril de 2009

Charles Trocate é indiciado

No AMAZÔNIA:

O coordenador regional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Charles Trocate, foi indiciado ontem por incitar publicamente a prática de crimes. Durante uma entrevista exibida na sexta-feira, 17, Trocate não apenas declarou-se favorável à invasão de propriedades privadas como disse que no latifúndio invadido não sobraria nem o suficiente para produção de um remédio.
A decisão de indiciar o coordenador do MST foi anunciada ontem à tarde pelo delegado geral de Polícia Civil do Pará, Raimundo Benassuly Maués (na foto). Trocate está desaparecido.
A declaração de Charles Trocatte foi feita um dia antes do confronto armado entre integrantes do MST e seguranças da fazenda Espírito Santo, em Xinguara, quando jornalistas foram usados como escudo em meio ao tiroteio. 'Ele ter incitado a violência antes ou depois do confronto não faz diferença para a Justiça. O que importa é que ele cometeu um crime de acordo com artigo 286 do código penal e deve responder por seu ato', afirmou o delegado Benassuly. A pena para esse crime varia de três a seis meses de detenção.
'O governo do Pará não tolera a violência, principalmente em um momento como esse, em que tanto está sendo investido para a manutenção da paz. O governo do Estado é a favor da reforma agrária e da luta pelos direitos, mas tudo deve ser feito dentro da legalidade', afirmou o delegado geral. O inquérito que irá investigar a declaração do coordenador do MST foi instaurado ontem pela Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe).
Ontem foram colhidos os depoimentos de um dos jornalistas que estavam presentes no momento da entrevista de Trocate e também do presidente do sindicato dos produtores rurais de Xinguara, Márcio Soares Bravo. Segunda-feira pela manhã o gerente da fazenda Espírito Santo, Oscar Boller, também será ouvido na delegacia de Xinguara. Até o momento, o coordenador do MST não foi intimado para prestar depoimento porque a polícia desconhece o seu paradeiro.
Além dos depoimentos de testemunhas e de Charles Trocate, serão incluídas no processo policial as imagens da entrevista concedida pelo líder do movimento sem-terra. 'Quando o processo policial for encerrado, os autos serão enviados para a Justiça para que Trocate seja julgado. Caberá ao juiz determinar se Charles cumprirá penas alternativas ou ficará detido', explicou Benassuly. É possível que Charles não fique preso, pois o crime que cometeu é considerado de baixo potencial ofensivo.

3 comentários:

  1. Rapaz, parabéns à polícia, mas espero que o inquérito seja logo concluido e que o Ministério Público ofereça logo a denúncia, senão é tudo papo furado.

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  2. Enquanto isso os grileiros escravagistas e pistoleiros passeiam tranquilamente com suas possantes armas pelo cangaço paraense. Só faltou nobre delegado dizer que o sem-terra "tenhi alguns tipo de problema mental".

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  3. Esse Benassuly , mesmo, sempre defendendo os bandidos!

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