sexta-feira, 27 de março de 2009

Ananindeua submersa

No AMAZÔNIA:

Desespero, pânico, corre corre e isolamento. O bairro do Coqueiro, em Ananindeua, conheceu de perto, durante e depois da forte chuva de ontem, os horrores de uma grande enxurrada e do abandono da prefeitura do município.
A chuva inundou e destruiu móveis, casas e muros em mais de 10 conjuntos habitacionais ao longo das avenidas Mário Covas, Transcoqueiro e 40 Horas.
O descaso da gestão do prefeito Helder Barbalho (PMDB) nesta área da cidade ficou à mostra. Em todos os pontos de alagamentos, 100% dos bueiros estavam entupidos e pequenos canais deixaram de receber manutenção da Secretaria de Saneamento e Infraestrutura (Sesan) há pelo menos quatro anos.
Moradores desesperados informam que esta mesma secretaria deveria executar e manter os projetos de urbanização da cidade, como o 'Sanear Ananindeua', que possui verbas municipais e federais, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que está paralisado.
Os conjuntos Cidade Nova, Guajará, Guanabi, Valparaíso e grande parte da área da rua Vila Nova vivem, agora, o alerta de que a próxima chuva pode ser ainda pior.
Protestos - Moradores revoltados com os constantes alagamentos devido às fortes chuvas fizeram ontem protestos e fecharam a rodovia Transcoqueiro. O abandono da atual administração de Ananindeua é o principal alvo das manisfestações de revolta da população. Segundo os moradores, as promessas de campanha do prefeito eleito do município até agora não foram cumpridas. E a população tem sofrido com diversos problemas. A exemplo do descaso, a rodovia Mário Covas, uma das principais vias de Ananindeua, ficou intrafegável após a chuva e os motoristas que passavam pelo local reclamaram da situação.
Os moradores da passagem Bom Jesus, bairro do Una, fecharam a rodovia Transcoqueiro na tarde de ontem. Após o temporal durante a tarde, a passagem ficou literalmente em baixo d’água. A água invadiu as casas dos moradores que perderam móveis, alimentos e ficaram ilhados dentro de suas residências. Até uma escola teve de suspender as aulas do turno da tarde por causa dos alagamentos. 'A água estava batendo na cintura, esse protesto é um pedido de socorro da comunidade. Nós não temos nem saneamento básico. Estamos vivendo na lama. As crianças não podem brincar na rua, pois ficam doentes. Não queremos mais promessas e sim que a prefeitura faça algo por nós', lamentou a moradora, Cátia Lacorte.

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