terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Vai, Gabi, ser cantora lírica na vida. E ela foi.

Dos grandes talentos – talentos que estão despontando -, costuma-se dizer que são diamantes a serem lapidados.
Isso é quase um lugar-comum, um bordão, uma muleta verbal quando se pretende definir talentos que surgem, mas que ainda não estão prontos para despontar profissionalmente.
Não se diga isso de Gabi Florenzano (acima, na foto de Kelly Pozebbon). Quem chamá-la de Gabriella, ela também atende.
Gabi, para quem não sabe, é paraense de Belém
Começou como roqueira na vida.
Na adolescência, fez parte de diversas bandas de garagem de rock e heavy metal. Integrou a Cérberuas, ainda no Nazaré, e depois a Álibi de Orfeu.
O anjo disse para Drummond: “Vai, Carlos! ser gauche na vida.
O anjo disse para Gabi: “Vai, Gabi, ser cantora lírica na vida”.
Ela foi.
Aos 20 anos, em 2006, ingressou no curso de Canto Erudito na Escola de Música da Universidade Federal do Pará, na classe da professora Márcia Aliverti. No mesmo ano foi aprovada para integrar o Coral Marina Monarcha, sob a batuta do maestro Vanildo Monteiro, na ópera Yara, de Gama Malcher, apresentada no Festival de Ópera do Theatro da Paz, trabalho que não realizou por coincidir com seu período de estudos em Hamburgo, na Alemanha.
No começo de 2007, Gabi Florenzano foi para São Paulo, recebendo orientação vocal da soprano Silviane Bellato e, em junho desse ano, aprovada em 1º lugar geral no exame vestibular, ingressou na Faculdade de Música Carlos Gomes (FMCG), onde atualmente segue seus estudos com a professora Sonia Goussinsky.
Em janeiro do ano passado, depois da Oficina de Música de Curitiba (PR), na qual participou do curso de Interpretação em Ópera, coordenado pela professora e cantora lírica Neyde Thomas - que se apresentou nas principais salas de concertos do mundo e contracenou com Luciano Pavarotti e Plácido Domingo - pelo barítono italiano Rio Novello e pelo maestro Joaquim do Espírito Santo, Gabriella se apresentou no recital "Voci Nuove", no Teatro Sesc da Esquina. Em julho, cantou em recital no auditório do conservatório Musicallis, em São Paulo.
Gabi é contrato.
Para quem não é chegado ao canto lírico, contralto é a voz feminina capaz de registrar tons mais graves. Mal camparadamente, contralto seria a versão feminina do baixo, que no caso é a voz masculina que registra tons graves, bem graves.
Até nisso o anjo de Gabi acertou.
No caso lírico, vozes de contralto são raríssimas.
No Brasil inteiro, há pouquíssimas vozes de contralto.
Quem ouvir Gabi, jamais esquecerá que a ouviu.
Quem a ouvir, terá de imediato a certeza de que ali está um talento.
Um talento que já está lapidado.
Basta terminar o curso em São Paulo – para onde ele volta na próxima segunda-feira, após passar um tempinho sob o aconchego da família em Belém -, para que Gabi possa mostrar o seu talento aos auditórios.
De Belém e do mundo.

12 comentários:

  1. Anônimo3/2/09 13:41

    Paulo, como diria aqueles clichês "publicitários", no dia do aniversário da minha mãe, quem ganha o presente sou eu! Mais uma vez, estou lisonjeada com o post. Muitíssimo obrigada por tudo!!!! :)

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  2. Anônimo3/2/09 13:47

    E também é bonita.
    Com todo o respeito, claro.

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  3. Paulo, para mim é um lindo presente de aniversário este seu post. Obrigada por acreditar e divulgar o talento da minha Gabi. Grande abraço!

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  4. Anônimo3/2/09 17:00

    E ainda por cima é gatíssima, hein?? Que coisa...

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  5. Franssi,
    Aniversário?
    É hoje?
    Amanhã?
    Quando é?
    E olha, vai parecer que foi combinada a postagem, mas, você sabe, nem foi.
    Se hoje, milhões de parabéns, saúde e paz!
    Abs.

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  6. Gabi,
    Não há de quê.
    E você é um presente para música paraense.
    Abs. e sucesso na volta!

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  7. Anônimos,
    Gabi e a mãe ficarão lisonjeadas, acredito.
    Com todo o respeito, é claro.
    Abs.

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  8. Anônimos,
    Mas há um detalhes.
    Mas nem para elogiar vocês se identificam (rsssss).
    Gabi é bonita mesmo.
    Dizer isso não é ilegal, nem imoral, nem ofensivo e nem engorda.
    Coragem, rapazes.
    Corgagem, senhores (rsssss)
    Abs.

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  9. É hoje, sim. Obrigada de novo, Paulo.

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  10. Parabéns a Gabriella. Uma feliz carreira.
    É um alento, uma alegria e uma honra termos mais um expoente na música erudita, já que a música paraense tem estado tão associado a exemplos de outra linha, digamos assim. Gabriella ajuda a lembrar que nossa cidade tem tradição na música erudita.
    Se Deus quiser, há de ser mais um grande nome da nossa música.

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  11. Muito obrigada, Yúdice. Eu sou suspeita para falar, mas a Gabi é do bem e tem muito talento.

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  12. Quando eu morava em Campinas(SP) ouvi a talentosa Márcia Aliverti no Teatro Carlos Gomes; fiquei comovida e orgulhosa, pois lá estava um talento paraense de altissimo nível. Espero um dia também poder ouvir a Gabi aqui em Curitiba.

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