segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Fórum termina em Belém sem uma carta final

No AMAZÔNIA:

Cândido Grzybowski, um dos organizadores do Fórum Social Mundial, disse ontem durante o encerramento do evento, que fazer o encontro em Belém foi uma 'grande escolha', apesar de todos os problemas de logística e acesso. 'Talvez Manaus ou Quito, no Peru, fossem melhores, mas escolhemos Belém pela densidade social. Belém tem uma organização de movimentos sociais muito grande', explicou. 'A gente falha em alguns detalhes, mas fizemos uma confusão alegre', disse de forma generalista e sem apresentar um documento final com propostas do encontro.
Apesar disso, após uma semana em que a cidade se tornou a vitrine social do mundo, o balanço dos organizadores mostrou que a versão amazônida do FSM foi bem sucedida mais por uma espécie de significado simbólico do que por apresentar resultados práticos a curto ou médio prazos.
Na opinião dos especialistas que participaram da plenária final, o encontro de povos do mundo todo no momento em que o modelo econômico neoliberal entra em crise e se mostra fracassado simboliza a emergência de um mundo diferente; e 'Belém' surge como uma espécie de primeiro passo para a busca de modelos econômicos, sociais e culturais não excludentes e pacíficos. 'Precisamos de convergências, e o FSM em Belém nos permitiu buscar elementos para sair dessa crise com mudanças profundas na cultura, na economia, nas relações com o planeta', disse a italiana Raphaela Bolini, representante da Comunidade Européia.
A convergência a que Bolini se refere pode ser traduzida nos números finais do FSM 2009: 150 mil pessoas participaram do evento entre inscritos, palestrantes, jornalistas e moradores da cidade. Entre os participantes estiveram 1.900 indígenas de 120 etnias e nações, 1.400 quilombolas (descendentes de escravos), mil artistas, 4.500 jornalistas de 800 veículos de imprensa e comunicação. A segurança foi organizada por 7 mil policiais, entre eles 300 militares da Força Nacional de Segurança. No total, Belém foi visitada por pessoas de 142 países, que organizaram e/ou participaram de 2.310 atividades (entre palestras, debates, shows e oficinas). O número de organizações inscritas chegou a quase 4 mil, sendo a maioria delas (4.193) da América Latina, seguido da Europa, com 491 organizações, a África, com 489, Ásia com 334, 155 da América do Norte, 119 da América Central e 27 da Oceania - participando pela primeira vez. O investimento direto no com montagem de barracas, tendas, standes e outras ações para realização das atividades foi de R$ 25 milhões, sendo a maioria do recurso dos ministérios da Cultura (R$ 13 milhões) e da Educação (7 milhões).
Sobre a ausência de um documento final com propostas ou encaminhamentos, Grzybowski disse que não há uma obrigatoriedade em divulgar documentos e que as decisões adotadas durante o fórum são livres, sem necessidades de imposições por um documento formal. 'Isso está previsto na carta de princípios', disse o organizador.
Representantes de outros povos e continentes participaram da coletiva final com a imprensa e agradeceram o acolhimento do Brasil.
Um dos mais enfáticos foi o representante da comunidade palestina Jamal Jumar. Segundo ele, a participação de palestinos no FSM foi uma tentativa de forçar Israel a 'parar com o massacre na Faixa de Gaza e a seguir leis internacionais de Direitos Humanos'.

4 comentários:

  1. Anônimo2/2/09 11:47

    Contribuição para a carta:

    - todo homem é livre para andar nú, apreciar um baseado, obrar num buraco ao chão e dizer o que pensa, mesmo que seja a maior besteira do mundo.

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  2. Anônimo2/2/09 19:07

    Típico comentário de alguém vazio e sem percepção do que aconteceu em Belém. O pior é que há muitas cabeças totalmente ôcas assim dizendo besteira e rindo às gargalhadas de suas "piadinhas". Mas, como dizia Cristo, deles é o reino dos céus.

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  3. Anônimo3/2/09 09:00

    Ao anônimo das 19:07.

    Você se julga o mente brilhante.

    Entretanto, você faz parte do grupo de otários que, iguais aos cabeças ôcas, pagou a conta.

    O dinheiro que sustentou a farra foi paga pelo nosso bolso. Aliás, pelo meu bolso porque tenho a certeza que só recolhes impostos indiretos. Não sabes o que são impostos indiretos? Então vai estudar, mente brilahnte.

    Viu como ser imbecil não é provilégio apenas de cabeças ôcas?

    Se antes tinhamos apenas as cabeças ôcas agora temos as cabeças e os bolsos ôcos.

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  4. Anônimo4/2/09 08:52

    O comentário abaixo foi publicado no blogdoholanda.com.br, e se refere ao FSM. Analise se quer publicar.


    ALEX P.P escreveu em 3/2/2009, às 12:10:
    Caro Holanda,

    Não sei o pq a tamanha tristeza do missivista. Era para ele ficar feliz que Manaus, passe bem longe dos ditos “movimentos sociais”. O FSM é a junção de duas coisas a imbecilidade e a contrariedade em si que o tal fórum propõem. A primeira coisa é sua forma de financiamento através de ongs bancadas por gente como Warren Buffet, Gates, Soros, Fundação Rockfeller, Fundação Ford e entre outras. Ou seja é o capital capitalista financiando estes foristas querem destruir e acabar com a economia de mercado. Além disso, tem o dinheiro público bancado por estatais como: Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras, Eletronorte e entre outras. Fora isso, o dinheiro das administrações municipais, estaduais e federais que pavimentam a infra-estrutura ou falta dela, em alguns casos. As administrações diretas injetaram em torno de 150 milhões de reais para realização do evento. Na verdade, o tal fórum é a festa de dinheiro do capital-globalista e de verbas públicas. Sem contar que a participação ainda é paga, não é gratuito. Talvez, é ninguém reclama da exclusão dos mais pobres nesse FSM. Afinal, só é bom reclamar da exclusão capitalista, e não do cripto-socialismo-chique. Então, discordando com o jornalista o FSM não tem autonomia e nem independência.

    Uma outra dependência além da financeira, é do pensamento. No própria Carta de Princípios do FSMdo fórum diz que: O Fórum Social Mundial é um espaço plural e diversificado, não confessional, não governamental e não partidário, que articula de forma descentralizada, em rede, entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo. Mas, por uma infeliz e triste constatação que só são convidados a deliberar movimentos esquerdistas, comunistas, abortistas, gayzistas, feministas, maoístas, pro-palestina, anticapitalista, sunita-ecologistas é de uma riqueza invejável, os tipos. Porém. Isso acontece, nos movimentos que estão debaixo da assa enorme esquerdista. Sem isso vc tá fora do jogo.Não tem nda pro-mercado, pro-capitalismo, pro-familia, pro-casamento etc etc. Não é a toa com a pluralidade de ideias e de diversidade vai os presidentes do Equador, Paraguai, Venezuela e do Brasil. Ou seja, apenas esquerdistas, sonhadores do desenvolvimento político, social e econômico cubano. Chavez, perseguidor e torturador de jornalistas e inimigos políticos. O presidente do Paraguai sonha em tomar ITAIPU do Brasil. O presidente do Equador em dar calote no Brasil. Enfim, todos estes sonhadores, caloteiros, maconheiros, baderneiros, arruaceiros, e desocupados querem mudar o mundo. Ainda bem que Manaus tá muito longe disso em todos os sentidos. Abraços Holanda.

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