Setores da polícia não vão dizer isso, evidentemente.
Não dirão nem remotamente.
Mas há setores da polícia que ficaram, ou melhor, que ainda estão preocupados, preocupadíssimos com o fato dos campi da Universidade Federal da Amazônia (Ufra) e da Universidade Federal do Pará (UFPA) terem sido declarados zonas livres para a realização do Fórum Social Mundial.
Se os campi universitários já são protegidos pela autonomia universitária e, nessa condição, apresentam-se praticamente inalcançáveis por qualquer ação policial, na condição de zonas livres, então, passam a ser os territórios do tudo ou nada, entende a polícia.
Essa preocupação não é sem sentido.
É que setores da Segurança Pública sabem que os campus, nestes dias de Fórum Social Mundial, podem se tornar campos férteis para transgressões.
Não as transgressões políticas ou ideológicas.
Não aquelas transgressões típicas da pluralidade e diversidade culturais que costumam marcar eventos como o FSM.
As transgressões que preocupam a polícia são mesmo as transgressões criminosas, aquelas claramente tipificadas no Código Penal e em leis esparsas.
É o caso, por exemplo e principalmente, do tráfico e do consumo de drogas.
E se a polícia souber disso e constatar esse tipo de crime, só lhe resta ficar olhando.
E olhando bem de longe.
Porque os campi viraram territórios livres.
Viraram zonas livres.
Zonas livres do tudo ou nada.
Para desespero da polícia.
Caro blog,
ResponderExcluirA polícia pode agir, sim.
A determinação para que a polícia não atue é um crime.
Imagine a seguinte situação: se estourar uma bomba no campi ainda assim vão ficar de longe?
Se houve ordem para não atuar na ocorrência de crimes, o Ministério Público deve imediatamente ser comunicado. Aliás, o próprio delegado poderia instaurar inquérito policial, neste caso.
Perfeito, Anônimo.
ResponderExcluirEntão, como a palavra, o MP.
Abs.
Caro Paulo, bom dia:
ResponderExcluirnão consigo crer no "desespero" da polícia pelo motivo alegado. A par e a tempo, a polícia faz ali o que sempre faz: fica olhando, coonestando o tráfico, como cotidianamente - ante e pós Fórum - nos becos do Jurunas, do Marco, da Marambaia. A diferença - e talvez por isso a queixa magoada parece desprender-se do texto - é que ela não está auferindo os lucros.
E,presa ali na redondeza, não pode também achacar pequenos comerciantes, donos de padarias, restaurantes e pizzarias, com os "lanchinhos" em troca de uma atençãozinha maior ao estabelecimento.
Há exceções? Há sim, felizmente. Mas ainda não conseguem imprimir outra face às corporações.
Abração.
Claro, Bia.
ResponderExcluirVocê não deixa de ter razão.
A polícia sabe, realmente, quais são os pontos de vendas de drogas em Belém.
E por que não faz nada?
Isso é uma verdade.
Abs.
Moro próximo a um cara que trafica e ele está "acampado" na UFRA desde o início do Forum, dizem que para vender alegria. Nem universitário ele é.
ResponderExcluirGrande, Bia! Esse "escândalo", já diria Shakespeare, é muito barulho por absolutamente nada.
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