Belém merece os vereadores que tem – ou tinha?

Apenas três vereadores de Belém compareceram na última terça-feira, à Câmara Municipal, para participar de uma sessão especial proposta por Carlos Augusto Barbosa (DEM) – na foto - para discutir a violência.
Além do proponente da sessão, estavam presentes os vereadores Adalberto Aguiar e Amaury de Souza, ambos do PT.
Mata-se em Belém.
Mata-se médico, matam-se anônimos cidadãos – inclusive e sobretudo os pobres que residem na periferia da cidade -, rouba-se, ataca-se até padre em Belém.
Mas apenas três vereadores de Belém, dos 35 que compõem a Casa, compareceram a uma sessão para discutir a violência.
Isso é assustador!
É tão assustador quanto assustadora é a violência a que estamos expostos e a desproteção a que o Poder Público nos relegou.
Muitos dos ausentes – senão todos – poderão alegar que uma sessão dessas é inócua, inútil, infrutífera, porque o município não tem competências legais para interferir direta e concretamente para resolver problemas relacionados à segurança pública.
Outros poderão alegar que já propuseram ações concretas que eventualmente poderão contribuir para minimizar o banditismo desvairado.
Outros mais poderão alegar que são assíduos freqüentadores do plenário.
E há quem possa alegar que não teve o mandato renovado, daí o desinteresse de participar da sessão.
E aí?
Todos, sem exceção, deveriam obrigatoriamente estar presentes maciçamente à sessão especial na Câmara.
Porque os vereadores precisam estar sintonizados com os anseios da cidade.
Precisam captar o medo de uma população que se encontra atrás das grades, enquanto os bandidos estão fora das grades.
Os vereadores poderiam, pelo menos, fazer-se presentes para demonstrar que estão afinados, solidários com quantos vêem-se expostos ao banditismo sem controle.
Belém merece – ou mereceu - os vereadores que tem – ou que tinha?
Merece – ou mereceu - verdadeiramente?