Bebê é chamado de Eloá

No AMAZÔNIA:

Uma menininha tranqüila, trazendo consigo uma mensagem de esperança e força para 2009, foi o primeiro bebê nascido na maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Belém. Eloá Carolaine dos Santos veio ao mundo aos 45 minutos de primeiro dia do ano, pesando 3 quilos e 800 gramas e medindo 49 centímetros de comprimento. Apesar do bom estado de saúde, após o parto, a bebê foi encaminhada ao berçário para observação. O nome escolhido há quatro meses foi mesmo uma homenagem da mãe à adolescente Eloá Cristina Pimentel, assassinada pelo ex-namorado no dia 17 de outubro do ano passado em Santo André, SP. 'Foi muito trágico, mas a morte dela trouxe vida para muita gente por meio da doação de órgãos, inclusive um aqui para Belém', disse a mãe, Francinária dos Santos Silva, 21, lembrando a jovem paraense Maria Augusta dos Anjos, 39, que recebeu o coração da adolescente.
Francinária também deu um exemplo de força e traquilidade. Confeiteira profissional, trabalhou normalmente até as 20 horas do dia 31. 'Fiz muitos bolos e tortas para o pessoal comemorar o Ano-Novo', disse, ainda na saída do Centro Cirúrgico da Santa Casa. Ela contou que a bebê era esperada para terça-feira, 6, e, como estava tranquila, saiu do trabalho e, como de costume, foi de ônibus para casa, no bairro do Tapanã. As primeiras dores começaram de leve na tarde de terça-feira, 31, mas ela não achou que já seria o nascimento porque o primeiro filho nasceu de parto cesárea, sem dores. 'Não sabia o que era dor de parto', disse ela, que já é mãe de um menino de cinco anos.
Como as dores aumentaram, Francinária e o esposo procuraram o posto de saúde do Tapanã, que não pôde atender por falta de estrutura. 'Eles disseram que eu deveria vir para a Santa Casa porque aqui seria o melhor lugar', disse ela, que não fez pré-natal no hospital. Sem tempo para esperar, o parto foi feito imediatamente assim que o casal chegou à Santa Casa. Mãe e filha saíram do centro cirúrgico às 1h45 passando bem. O primeiro parto de 2009 foi feito pelos médicos Orkarla Oliveira, Delmas Ricker e Marcelo Robson, pela enfermeira Andréa Luz e os técnicos Ana dos Santos, Fabrício Azevedo e Luciana Godinho. 'Deu tudo certo, fui muito bem tratada', disse Francinária com a filha no colo. Apesar da presença de algumas gestantes, após o nascimento de Eloá Carolaine não havia outras mulheres com sintomas de que entrariam em parto nas primeiras horas do dia primeiro. 'Agora vamos descansar um pouco', brincou uma das enfermeiras.