Senhores respeitáveis, entre 50 e 90 anos – ou mais -, viraram garotinhos em poucos minutos.
Foi assim, num átimo, num já, num piscar d’olhos.
Foi assim – rapidissimamente.
Para que virassem garotinhos, não foi nem preciso entrar em piscina abandonada, que alienígenas usavam. Lembram de Cocoon, o filme (cartaz aí ao lado) em que os velhinhos sentem de uma hora para outra os efeitos miraculosos do rejuvenescimento?
Pois é.
A vida real sempre supera a ficção.
E na vida real, os efeitos do rejuvenescimento foram sentidos mais rapidamente do que na ficção, do que no filme de Ron Howard.
Na vida real, o tempo de transição entre a condições de cinqüentões e noventões para a condição de jovens esbeltos e sarados – Cocoon! - durou o tempo da entrada de duas passistas – ambas esculturais – no salão de uma casa de recepções no bairro de Nazaré, na noite de sábado último.
Era por volta de 1 da manhã. Havia pouca gente por lá.
Mas, entre os poucos que estavam no recinto, estavam vários senhores respeitáveis, dos mais respeitáveis, entre 50 ou 90 anos – ou até mais.
Dentre esses, uns dormiam. Literalmente, dormiam. Ressonavam. Os ombros das madames eram seus travesseiros. Cenas comoventes – bem cinqüentonas, bem noventonas.
Outros estavam largadões nas cadeiras, tomando a última para ir embora.
Outros mais não dormiam e nem estavam tão largadões assim, mas andavam pelo salão meio zonzos, com aquele cara de “mas o que é mesmo que eu ainda estou fazendo por aqui, a uma hora dessas?”
Até que – surpresa! Cocoon! – adentram no respeitável recinto, onde se encontravam respeitáveis senhores de 50 a 90 anos – um seleto grupo do Rancho Não Posso Me Amofiná, acompanhado das duas passistas esculturais. Não eram passistas, simplesmente. Eram as passistas.
Bingo!
Cocoon!
Quem estava domindo, acordou.
Quem estava meio largadão, deu um pinote. Um senhor pinote.
Quem estava meio zonzo, acendeu-se. E como!
E todos os entre 50 e 90 – quase todos – foram para o meio do salão.
Cocoon!
No meio do salão, acreditem, os entre 50 e 90 anos acompanharam, no que foi possível acompanhar, os passos das passistas.
No meio do salão, quem estava sobriamente vestido, quem estava trajado a rigor, resolveu subir ao palco, tirar a camisa e deixar o peitoril à mostra, totalmente à mostra. O peitoril, as costas, os braços, antebraços, mãos – tudo. Tudo da parte de cima, é evidente. E isso em meio a requebros pra lá sensuais - ou diferentes, se quiserem.
No meio do salão, quem se requebrava resolveu subir ao palco, passar a mão no microfone e abrir o vozeirão, enquanto as energias – Cocoon! – escorriam por todos os poros.
E as madames – várias também entre 50 e 90 anos?
Uma delas ficou na frente do marido, que estava meio à margem do salão. Ficava na frente para impedi-lo de olhar. Não adiantou. Ela se punha de um lado, ela olhava pelo outro. Ela se arredava para outro lado, ele ia para o lado contrário. Tudo isso para não perder um passo das passistas. Deve ter pecado à beça. Se não viu ou que queria ver, imaginou. Deve ter pecado.
Uma outra aproximou-se do consorte, que filmava tudo, deu-lhe uma bolsada – discretamente, mas deu-lhe - e passou a mão na máquina digital, que era dela. Pegou a máquina digital e, no ato, deletou todas as fotos e os filmetes – com closes perfeitos e bem direcionados – que haviam sido feitos.
E as outras?
As outras madames se contiveram. Aparentemente, tentavam se conter.
Ficaram à margem do salão, olhando o espetáculo protagonizado mais pelos consortes e menos pelas passistas esculturais.
Olhavam com aquele olhar de quem acumula ódio no coração. Ódio - imenso, incessante, transbordante.
Olhavam com aquele olhar de “mas deixa nós chegarmos em casa”.
Fora a cena da bolsada – discretíssima, mas real -, todas as madames se contiveram.
Não se sabe o que houve quando chegaram em casa.
Mas deve ter acabado tudo bem.
As páginas de polícia dos jornais de ontem e hoje não registraram mais do que os crimes do dia-a-dia.
Que alívio.
Cocoon!
Realmente, Espaço mais Aberto do que esse aqui, não há.Não mesmo.
ResponderExcluirComo iríamos ficar sabendo dessa hilária cena?!
E com esse texto show de bola, melhor ainda.
Que adentrem as mulatas passistas no Espaço Aberto também, ora..rs
Valeu!
Já pensou, Anônimo?
ResponderExcluirPassistas na redação do Espaço Aberto?
Os velhinhos daqui ia vibrar!
Cocoon! (hahahaha)
Abs.
Ouvi falar que, em casa, os velhinhos dançaram no rítmo do "racho DEVO me amofinar" e ficaram "mufiiinos" "Mufiiinos"...eles, as consortes e suas bolsas...
ResponderExcluirHahahahahahahaha!
ResponderExcluirAna Cáudia, em casa, eles dançaram e elas é que se divertiram!
Abs.
hahahahaha
ResponderExcluirÉgua tio, enfim posso comentar após ler o teu badalado e bem falado espaço virtual.
Tenho lembranças assustadoras desse filme era apenas uma 'gurijubinha' quando ele passava na Sessão da Tarde e me assutava! Mas coisa que não me assusta são mulatas a sambar e rapazes a olhar, sim "rapazes 50/90" que têm o perfeito direito de apreciar as ancas das mulatas. Ao meu ver, as digníssimas esposas já são maravilhosas, são por si, as mulheres da vida desses "rapazes" vivos, muito vivos! Olha que legal! beijo da Vanessa, amiga da Laís.
Olá, Vanessa.
ResponderExcluirQue bom você por aqui.
Mas olha, as passistas também não se assustaram com as mulatas, não.
Eles, os rapazes, que ficaram um pouco assustados.
E alguns até deram pinote.
Ou pinotes (hahahahahaha).
Abs.