segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Floresta vira sala de aula

No AMAZÔNIA:

Um paraíso ecológico situado às proximidades da vila de Alter-do-Chão, o balneário mais freqüentado de Santarém, transformou-se em sala de aula para milhares de estudantes da rede municipal de ensino. É a Escola da Floresta, uma experiência inovadora na área da educação ambiental, conduzida pela Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Semed) em parceria com outras instituições como o CNS (Conselho Nacional dos Seringueiros) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) no Pará.
Desde o mês de junho passado, quando a Escola da Floresta começou a funcionar, a Semed já contabiliza a visita de milhares de alunos de 5ª a 8ª série. 'Fizemos isto aqui com pouco dinheiro e muita boa vontade, mas os resultados que temos colhido nesses seis meses mostram o total envolvimento não apenas dos alunos, mas de seus familiares', diz a secretária municipal de Educação de Santarém, Lucineide Pinheiro. 'Temos fortalecido o princípio de que a consciência ambiental deve ser buscada desde a infância e a adolescência.', diz a professora Clarice Rebelo da Silva, coordenadora da Escola da Floresta.
Construída numa área de 33 hectares (equivalente a 33 campos de futebol), a escola é um complexo ambiental que exibe espécies da floresta primária e secundária. A cada dia, uma turma de cerca de 40 alunos chega ao local pela manhã e volta de tardinha. Os alunos são conduzidos em ônibus cedido pela própria prefeitura. No parque ambiental, a turma é dividida em vários grupos de estudantes, que ficam sob a responsabilidade de monitores treinados.
Os alunos percorrem um viveiro com capacidade produtiva de 80 mil mudas, conhecem o processo de produção de farinha, passam pela Casa do Seringueiro e pela marcenaria, percorrem as trilhas onde recebem explicações sobre espécies florestais, participam de sessões de leitura e ouvem aulas práticas sobre o processo de reprodução de abelhas sem ferrão, a chamada meliponicultura.
'O processo de reprodução das abelhas e a produção de mel, de forma planejada e organizada, é mostrado como um processo que pode ser copiado na vida prática dos alunos, que também podem aprender a organizar e planejar suas atividades', diz Clarice Silva.

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