Da jornalista Franssinete Florenzano
O governador em exercício, Odair Corrêa, prestigiou a visita técnica que os deputados Luis Cunha, Alexandre Von, Gabriel Guerreiro, Carlos Martins, Airton Faleiro, Joaquim Passarinho e Antonio Rocha, da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias e Portos do Pará, fizeram à Companhia de Portos e Hidrovias do Estado. Ao lado do secretário de Transportes, Valdir Ganzer, e do presidente da CPH, César Queiroz, os membros do Legislativo e Executivo reiteraram parceria no sentido de resgatar a importância do modal hidroviário e dotar os municípios paraenses de terminais de cargas e passageiros seguros e confortáveis.
O presidente da Frente Pró-Hidrovias e Portos, deputado Luis Cunha, propôs que o governo do Estado estude a viabilidade de construir um anel hidroviário na região metropolitana de Belém, de modo a aproveitar melhor a localização geográfica e interligar as 39 ilhas que circundam a capital. Além de receber e escoar mercadorias, o anel permitiria o transporte fluvial de material de construção, lixo e entulho, e diminuiria o tráfego nas ruas - a exemplo de como se faz em Nova York e em outras cidades do Primeiro Mundo.
Salientando a sua preocupação com a adequação da infra-estrutura à realidade regional, Odair Corrêa disse que o governo do Estado pretende criar um sistema de transporte hidroviário integrado, principalmente nas hidrovias Tocantins- Araguaia, Guamá-Capim, Calha Norte-Marajó e região metropolitana.
O secretário de Transportes, Valdir Ganzer, detalhou o projeto do novo Terminal Hidroviário Metropolitano de Belém, que já está em obras na rodovia Arthur Bernardes, na área de 60 mil metros quadrados, no antigo estaleiro da Enasa. Funcionará com estação de passageiros e cargas, em ambientes climatizados, com escadas e esteiras rolantes, mix de lojas, restaurantes, lanchonetes, doçarias, fraldário e caixas eletrônicos de bancos 24 horas. O investimento total de R$16 milhões, dividido em duas etapas, terá na primeira fase R$7 milhões.
De acordo com o presidente da CPH, César Queiroz, o terminal terá influência em toda a região metropolitana, atenderá rotas para o Amapá, Amazonas e Marajó, além do oeste do Pará. De início, será capaz de atender três embarcações de até mil passageiros simultaneamente, ou de uma única vez até duas mil pessoas. O embarque/desembarque terá som ambiente, com informações periódicas dos horários de saídas e chegadas de embarcações, juizado de menores e sala de estar com 88 assentos.
O deputado Alexandre Von, vice-presidente da Frente, avalia que a demanda, só em Manaus, é de 14 mil passageiros anuais, em Santarém 9 mil passageiros/ano, Macapá 18 mil passageiros/ano e Salvaterra 18 mil passageiros anuais.
No local, os integrantes da Frente Parlamentar e a comitiva do governador em exercício conheceram um sítio histórico - ruínas da Igreja de Pedra, do antigo Convento do Una, fundado pelos frades capuchinhos de Santo Antônio no século XVII, e um galpão inglês - que será restaurado e transformado em Centro Cultural Casa das Pedras. Na área verde já existente, serão implementados espaços de contemplação e leitura, playground, muro de contenção com guarda-corpo para pequenas caminhadas, píer em concreto para pesca amadora e quiosques com sorvetes e lanches.
Os deputados da Frente Parlamentar Pró-Hidrovias sugeriram a criação, dentro do Terminal, de um Centro de Atendimento ao Cidadão, para expedição de documentos civis. E aprovaram a perspectiva de ser aberta uma nova via do Terminal, pegando a margem do Conjunto Providência, que está sendo negociada com a Marinha, a fim de interligar com a Transmangueirão.
Classificando de decisão histórica, o deputado Luis Cunha elogiou a iniciativa do governo do Estado de extinguir a diretoria de transportes hidroviários da Setran e reforçar a CPH - Companhia de Portos e Hidrovias, que vai assumir as atribuições relativas aos terminais e portos e hidrovias estaduais.
O governador em exercício elogiou a postura da Frente de trabalhar em sintonia com os órgãos públicos federais, estaduais e municipais do setor hidroviário e portuário, de modo a reforçar a luta pela navegabilidade plena dos rios paraenses e garantir o aproveitamento adequado do potencial logístico hidroviário, promovendo o desenvolvimento econômico social, sem descuidar da proteção ambiental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário