O presidente regional do PMDB, deputado federal Jader Barbalho, vai tentar. Mas será difícil demover o deputado estadual peemedebista Martinho Carmona da decisão de disputar a presidência da Assembléia Legislativa na eleição marcada para o próximo dia 2 de dezembro
No último sábado, pela manhã, Carmona conversou com o blog por telefone. Mostrava-se contido, cauteloso, comedido nas palavras. Confirmou que até aquele momento ainda não conversara com o Jader e nem agendara qualquer contato com ele.
Mas o deputado disse que estava aguardando um sinal do cacique do PMDB para que ambos pusessem à mesa o que, para Carmona, é claro como a luz do sol: o acordo que firmado em 2006, sob as bênçãos e o testemunho do próprio Jader, garantiu a eleição de Domingos Juvenil para presidir a Assembléia e a indicação dele, Carmona, como o candidato da bancada para a eleição deste ano.
Acordo?Que acordo?
Um acordo que está vivo na memória de Carmona e, garante o deputado, na memória de Jader e de vários outros deputados que participaram de uma reunião na sede do Diretório Regional do PMDB.
Carmona, ao falar do tal acordo, desceu a detalhes.
- Nós nos reunimos precisamente no dia 4 de dezembro de 2006. Estávamos numa sala eu, o Jader, o Juvenil e os demais deputados do PMDB – Antonio Rocha, Luiz Eduardo Anaice, Simone Morgado, Josefina Carmona e Chicão [que posteriormente, indicado para secretário de Obras, cedeu lugar ao suplente, Parsifal Pontes, atual líder da bancada] – menciona Carmona.
Em que consistia o acordo?
O deputado explica:
- Eu queria ser o presidente da Assembléia, o Juvenil também. Eu tinha absolutamente todas as condições de ser o vencedor. Mas fizeram-me uma ponderação: o Juvenil, que àquela altura pretendia disputar a Prefeitura de Altamira nas eleições de 2008, precisava ter visibilidade política. O deputado Antônio Rocha, então, propôs o seguinte: Eu abriria mão de concorrer em favor do Juvenil, para unir a bancada, e seria o candidato nas eleições deste ano. E eu aceitei. Aceitei e fui abraçado e festejado por todos como conciliador – lembra Carmona.
Em vez de companheiro, um amigo
O deputado, com os fatos vivos na memória, guarda um detalhe que envolve diretamente o deputado Jader Barbalho.
- Ele [Jader] chegou a dizer, satisfeito com o acordo firmado: “O Carmona entrou aqui como um companheiro e termina como um amigo”.
E agora, perguntou-lhe o blog, o que Carmona espera de Jader?
- Eu espero que ele cumpra o acordo, que o partido cumpra o que foi acertado. O que o Juvenil argumenta agora? Que o acordo firmado em 2006 seria na hipótese de ele, Juvenil, concorrer à Prefeitura de Altamira agora em 2008. Como ele decidiu não mais concorrer, acha que aquele acordo não tem mais efeito. Mas não foi isso o acertado – argumenta o parlamentar.
Carmona diz que não cogita – ou pelo menos não cogitava, até sábado último – a possibilidade de retirar sua candidatura.
- Eu vou até o fim. Porque tenho que honrar o acordo que fiz com meus colegas de bancada. Não sou candidato de mim mesmo, mas dos colegas da minhas bancada e de outros que poderão apoiar minha candidatura a presidente da Assembléia – disse Carmona.
Interessante o Carmona. Ele inventou a reeleição e agora não quer que ela se aplique ao atual presidente. Carmona já foi do PSDB, PDT, e está por enquanto no PMDB. Como dá pra perceber, partido não é muito a prais dele.
ResponderExcluirPERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR?
ResponderExcluir1.Você confiaria em quem não cumpre os acordos nem entre companheiros e amigos?
2.O que se esconde por trás do discurso da governabilidade?
3.Essa "governabilidade" está refém de quem? Do interesse público?
4.Quem é o subprocurador da Alepa?Quem é a chefe de gabinete da Presidência da Alepa?Quem é...? A lista não é infinita, mas é grande.
5.Se essa "governabilidade" ganhar agora, não vai levar em 2009 para 2010,aguardem e testemunharão.
Peraí 10:31, muitos cargos de DAS da ALEPA, estão ocupados até hoje por gente que o Carmona deixou lá. Gente que inclusive, está aprontando para derrubar o Juvenil, que ainda não se deu conta disso. Esse povo passou incólume pela mesa do Mário Couto e ainda permanece lá.
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