quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Metropolitano diz que não recusou. Fez “restrição seletiva”.

No AMAZÔNIA:

A direção do Hospital Metropolitano informou ontem que os ofícios protocolados nas secretarias de saúde do Estado (Sespa) e dos municípios de Belém e Ananindeua, solicitando que não fossem encaminhados pacientes pelo prazo de dez dias, não significaram recusa de pacientes, mas sim 'restrição seletiva dos atendimentos', situação que serviria para atenuar a sobrecarga do hospital.
Segundo a diretora técnica do Metropolitano, Maria do Carmo Lobato, as restrições são apenas para pacientes que não fazem parte do perfil do hospital, referência em atendimentos de queimados e traumato-ortopedia. Ela informou que as ofícios foram encaminhados no último dia 23 e, portanto, a situação já está próxima de ser contornada, mas mesmo assim ressalta que o hospital está superlotado e tem operado acima da capacidade instalada, além de atender muitos pacientes fora do perfil, a maioria da Região Metropolitana de Belém.
A superlotação, segundo a diretora, foi constatada inclusive pelo secretário adjunto de saúde do Estado, em visita realizada há cerca de 15 dias. Segundo ela, o Metropolitano tem perfil de atendimento voltado para os traumas de média e alta complexidade e queimados. 'Existe uma constante preocupação da direção em manter os atendimentos de forma pactuada com os municípios, isto é, com o sistema de encaminhamentos fiel a este perfil, como forma de garantir a oportunidade de atendimento com qualidade aos pacientes mais graves, além de pedir aos municípios que promovam mais resolutivadade aos casos menos complexos em outras unidades da rede de atendimento, como por exemplo a da Cidade Nova VI, no caso dos pacientes de Ananindeua'.
Segundo Maria do Carmo, o hospital tem 182 leitos, dos quais 22 são de UTI adulto e 6 de UTI pediátrica, opera com um quadro de 25 traumatologistas e atualmente há 20 médicos contratados na especialidade. As cinco vagas que ainda estão por preencher no quadro, fruto de pedidos de demissão, estão em fase de contratação. 'Não existe, em absoluto, terceirização, como foi divulgado', afirma a diretora.
Ela ressalta que, apesar da excessiva demanda imposta, as condições de trabalho têm sido mantidas com qualidade. 'O que temos hoje reflete os níveis de qualidade já reconhecidos pela sociedade. Foi exatamente para preservar este padrão de qualidade no atendimento que tomamos as medidas administrativas que estão sendo implementadas e vamos cobrar dos municípios o cumprimento das pactuações nos encaminhamentos', garantiu.

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